Levanto as minhas preces para Deus pelos Bombeiros que lutam contra o fogo.
É um combate desleal, porque o fogo não tem sentimentos, o fogo não “vê” crianças, mulheres, homens, velhos, não “sente” o trabalho de uma vida colocado numa casa, num terreno, num pinhal, não “ouve” os lamentos de quem tudo perde e fica sem saber como reagir.
E os Bombeiros enfrentam tudo isso, com risco da própria vida, que tantas vezes perdem ao serviço dos outros.
Chamam-lhes os “soldados da paz”, e são-no realmente, porque apenas querem “matar” o fogo para dar paz àqueles que são vítimas do mesmo.
E devem sofrer frustrações terríveis quando não conseguem, apesar de todo o seu esforço, salvar todas as pessoas e bens.
E pior ainda quando percebem, impotentes, como a política se mete no meio deste combate ao fogo, nomeando coordenadores que não têm qualquer competência ou capacidade de chefia, mas apenas porque são da cor política ou similar.
E depois ainda têm que ver os políticos “passearem-se” pelos locais de incêndios, dizendo coisas sem sentido, fazendo promessas nunca cumpridas, percebendo que ao longo dos anos tudo permanece perfeitamente na mesma, porque uma vez passada a “época dos fogos”, tudo regressa ao normal, excepto para aqueles que tudo perderam e para os Bombeiros, sobretudo aqueles que pereceram no fogo.
“Época dos fogos” até parece uma coisa irreal, como a “época da caça”, a “época da sardinha”, etc., etc.
Só para os incompetentes é que não há época!
Estão ao “serviço” permanentemente!
É preciso uma justiça competente, com a “mão pesada”, para esta “praga” de fogos que se repete todos os anos, a maior parte das vezes fogos ateados em zonas escolhidas por tantas e variadas razões, todas elas ligadas aos “negócios” e coisas parecidas.
Para quando uma verdadeira homenagem nacional aos Bombeiros, não para os políticos e seus coordenadores se mostrarem, mas para Portugal dizer obrigado a todos aqueles que são verdadeiramente os Soldados da Paz.
Que Deus cubra de bênçãos os Bombeiros e lhes pague em dobro tudo o que fazem por nós.
Obrigado, Bombeiros de Portugal!