“Redescobrir e acolher os dons de Deus” é o título da mensagem de D. António Marto para esta Quaresma. Fazendo eco da Mensagem do Papa, também o Bispo diocesano apela ao acolhimento do outro como um dom e à escuta da Palavra de Deus. E lembra que, neste ano de Centenário das Aparições de Fátima, deveremos ter sempre Nossa Senhora como companheira de peregrinação.
Prestes a começar a Quaresma, no próximo dia 1 de março, o Bispo de Leiria-Fátima recorda que este é “um tempo forte de graça oferecida por Deus à sua Igreja e de conversão em cada um de nós e na comunidade cristã” e que “todos temos necessidade de nos aperfeiçoar, de melhorar e progredir na nossa vivência cristã, mediante maior aproximação a Deus, mais confiante adesão ao evangelho e maior abertura de coração aos irmãos”.
O ponto de partida é a Mensagem do Papa Francisco, centrada na parábola evangélica do pobre Lázaro e do rico avarento, um texto que nos questiona sobre o atual pecado do apego ao dinheiro, da vaidade ou da soberba, ou até de “uma certa cultura da indiferença” perante o sofrimento alheio. E dá como exemplos concretos os das “mulheres grávidas que lutam com graves dificuldades para acolherem o seu filho sofrendo a tentação de interromper a sua gravidez”, ou dos “refugiados que fogem da guerra e da miséria à busca de pão e trabalho, de liberdade e dignidade e que não são acolhidos como deveriam ser”. Dois exemplos a que a Diocese quer responder, com a próxima apresentação do “Serviço de Apoio à Maternidade em Dificuldade, no âmbito da Cáritas diocesana” e com a entrega da renúncia quaresmal da Diocese para “a ajuda aos refugiados na Grécia ou noutros países, onde vivem em condições de miséria”.
Acompanhando uma segunda orientação da Mensagem do Papa, D. António Marto aponta, depois, a importância de escutar e meditar a Palavra de Deus. Para tal, apresenta, uma vez mais, a proposta anual de um retiro popular na Quaresma, pedindo “a todas as comunidades o melhor empenho na organização desta caminhada espiritual”. Outra proposta é a iniciativa ”24 horas para o Senhor”, nos dias 24 e 25 de março como “oportunidade de escuta orante da Palavra num momento intenso de oração e adoração”.
Por fim, a referência incontornável a Fátima, neste ano jubilar do Centenário das Aparições, com o acrescido motivo de festa que é a visita do Papa. “Queremos viver a visita do Santo Padre como um momento de graça e uma significativa experiência cristã para a Igreja em Portugal e, de modo particular, para a nossa diocese”, escreve D. António Marto, terminando com o apelo “a todos os diocesanos para que nesses dias peregrinem a Fátima para viver esta experiência ao vivo com o Papa Francisco, para o acolher com o calor do nosso afeto e para manifestar aquele amor ao Papa que é uma dimensão profunda da mensagem de Fátima e do catolicismo português”.
Mas o melhor, mesmo, é ler o texto integral da Mensagem de D. António Marto.