A paroquia da Bajouca viveu, na noite de Sexta-Feira Santa, mais um momento inesquecível da sua caminhada como comunidade.
Depois de três meses de intenso trabalho, a Orquestra Filarmónica de Santo Aleixo, o Coro Juvenil da Bajouca e um grupo de mais de 70 figurantes e técnicos apresentaram, de uma forma sublime, “O Nazareno”, obra imortal de Frei Hermano da Câmara, que marcou e continua a marcar gerações.
Foi uma hora e meia onde música, canto, dança e representação se combinaram, de tal forma, que deixaram encantadas as cerca de 600 pessoas que encheram o salão paroquial. Um espetáculo que soube mais a celebração e que vai marcar para sempre todas as 125 pessoas que prepararam e viveram este acontecimento que foi, ao mesmo tempo, uma verdadeira vivência de catequese.
Foi possível percorrer momentos-chave da vida de Jesus e da sua mensagem. O anúncio do nascimento, o nascimento, o Espírito de Deus, as Bodas de Caná, a Samaritana, o Bom Pastor e a primeira parte a terminar de forma apoteótica, com a entrada triunfal em Jerusalém.
Na segunda parte, começou com o Pai-Nosso, seguindo pela Última Ceia, lava-pés, Jardim das Oliveiras, traição de Judas e caminho para o Calvário, com o maravilhoso canto de Maria e de Maria Madalena. Por fim, a crucifixão, morte e sepultura de Jesus, com o silêncio a dar lugar à expectativa da Ressurreição. A luz intensa e os efeitos especiais chamam a atenção para o túmulo e, quando todos esperam que Jesus aí surja de forma “espetacular”, é no meio do povo que Ele aparece vivo e ressuscitado, pois é vivo e ressuscitado que Ele quer estar em cada comunidade.
Esta experiência única será para repetir por aí. Estão de parabéns todos quantos acreditaram e deram o seu melhor para que fosse possível este trabalho de mensagem e evangelização, nomeadamente, a Orquestra Filarmónica e o seu maestro, Nelson Caetano, o Coro Juvenil e os atores e técnicos envolvidos.
Arménio Pedrosa (colaboração)