Tanto para Te dizer e, estranhamente, todas as palavras me parecem pobres e insuficientes para Ti.
Dizer que Te amo?
Sim, amo verdadeiramente, mas parece tão pouco quando o digo ou escrevo.
Como se consegue escrever um sentimento?
Como expressar no papel o sentir mais íntimo do coração?
Mesmo que repita infinitamente “amo-Te, Senhor”, sempre me parece pouco, sempre parece que sinto que são só palavras.
Sim, Senhor, eu sei que os arrebatamentos nem sempre são sensatos, ou melhor, nem sempre nos levam a estar mais e melhor contigo.
Esse amor infinito com que nos amas, esse amor calmo e silencioso com que nos amas, esse amor palpável, sensível com que nos amas, esse amor é verdadeiramente o amor perfeito, o amor de Deus que é amor.
Senhor, o meu amor, o nosso amor, por Ti, é tantas vezes volúvel, tantas vezes inconstante, tantas vezes apenas ruidoso, porque parece ter medo de ser silencioso.
É um amor tantas vezes afirmado e, no entanto, tantas vezes pouco vivido.
O amor com que eu gostaria de Te amar, Senhor, é o amor incondicional, o amor sem princípio nem fim, o amor só doação, o amor sem medida, o amor cuja sua própria expressão é apenas e só amor.
Pois, Senhor, o amor com que Te quero amar é afinal o Teu amor por mim, por todos, porque Tu nos amaste primeiro e nos ensinaste a amar.
A pobreza do meu amor, por Tua graça, encontra sempre a grandeza do Teu amor e, por isso Tu o aceitas de braços abertos, porque me conheces e sabes da minha imperfeição.
Amo-Te, Senhor!