Advento dá início ao novo ano litúrgico (Ano B)

Começámos o Advento, no passado domingo, 3 de dezembro, e com ele um novo Ano Litúrgico. Inicia-se, assim, um período de doze meses, divididos em tempos litúrgicos, em que se celebram os mistérios de Cristo, assim como os Santos.

A Igreja estabeleceu, para o Rito Romano, uma sequência de leituras bíblicas que se repetem a cada três anos, nos domingos e nas solenidades. As leituras desses dias são divididas em ano A, B e C. No ano A leem-se as leituras do Evangelho de São Mateus; no ano B, em que acabámos de entrar, o Evangelho de São Marcos; e no ano C o Evangelho de São Lucas. Já o Evangelho de São João é reservado para as ocasiões especiais, principalmente as grandes festas e solenidades.
Nos dias da semana do Tempo Comum, há leituras diferentes para os anos pares e para os anos ímpares, exceto o Evangelho, que se repete de ano a ano. Deste modo, os católicos, de três em três anos, se acompanharem a liturgia diária, terão lido quase toda a Bíblia.
O Ano Litúrgico da Igreja é, assim, dividido em cinco grandes ciclos: Advento, Natal, Quaresma, Páscoa e Tempo Comum, que se reparte em duas partes, uma após o ciclo do Natal e outra após o ciclo da Páscoa. Pode ainda considerar-se o ciclo santoral, que se espalha por memórias, festas e solenidades, ao longo de todo o ano.

 

Advento

O Advento que agora vivemos é tempo de preparação e alegria contida, na expectativa do nascimento de Jesus Cristo. A palavra latina de que deriva – “Adventus” – significa isso mesmo: chegada. E porque remete para a esperança na segunda e definitiva vinda do Messias, é também tempo de arrependimento e de promoção da fraternidade e da paz.

Este tempo, que a Igreja celebra desde o século IV, começa anualmente na véspera do domingo mais próximo de 30 de novembro, inclui a solenidade de Nossa Senhora da Conceição a 8 de dezembro, ganha especial intensidade na oitava de 17 a 24 e termina nas primeiras vésperas do dia 25.

Celebrado também na Igreja Ortodoxa e nas Igrejas Protestantes, é para todos os cristãos um tempo de esperança e vigilância. Na Igreja Católica, as duas primeiras semanas são viradas para a expectativa da vinda definitiva e gloriosa de Jesus Cristo, no fim dos tempos, e as duas últimas visam mais especificamente a preparação para a festa do Natal, a primeira vinda de Jesus.

Nesse sentido, a liturgia do Advento leva-nos a reviver alguns dos valores essenciais cristãos, como a alegria expectante e vigilante, a esperança, a pobreza e a conversão. As celebrações são de sobriedade e discreta alegria: não se canta o Glória, para que na festa do Natal esse seja o hino novo, cantado em coro com os Anjos em louvor a Deus pela salvação que realiza no meio de nós. Pela mesma razão, recomenda-se uso moderado de flores, ornamentações e instrumentos musicais.

As vestes litúrgicas e ornamentos do altar são de cor roxa, em sinal de conversão e penitência. A exceção é o terceiro domingo – ou “domingo gaudete” –, como que um breve intervalo a meio deste tempo, em que se permite o cor-de-rosa como tom de alegria pela proximidade da vinda do Salvador.

Luís Miguel Ferraz

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