“Abri as portas da justiça, nelas entraremos para dar graças ao Senhor”. Foi com estas palavras que D. António Marto, bispo da Diocese de Leiria-Fátima, procedeu à abertura da Porta Santa da Misericórdia, no dia 8 de dezembro, no Santuário de Fátima.
Este gesto marcou o início do Ano Santo do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, proclamado pelo Papa Francisco e em união com ele, que nessa mesma manhã inaugurava o Jubileu para toda a Igreja, ao abrir a Porta Santa da Basílica de São Pedro.
Na Basílica da Santíssima Trindade, em Fátima, a porta escolhida foi a de S. Tomé, uma vez que a figura do apóstolo é protagonista do Evangelho proclamado no Domingo da Misericórdia.
A celebração foi “prelúdio de uma profunda experiência de graça e de reconciliação”, referiu na ocasião o Bispo de Leiria-Fátima, sublinhando a importância da misericórdia na vida quotidiana: “A misericórdia de Deus é mais poderosa do que o nosso pecado. Não há nenhuma situação irremediavelmente perdida porque o seu amor não tem limites, Deus ama-nos sempre e para sempre, mesmo quando O desiludimos”.
No decorrer desta celebração da Solenidade da Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria, D. António Marto sublinhou ainda a importância desta festividade para o povo cristão, afirmando que “a Mãe de Misericórdia ajuda-nos a entrar” neste Ano Santo e nela “Deus saúda o seu povo e a humanidade inteira”.
Uma nota da Sala de Imprensa do Santuário de Fátima refere que o Bispo diocesano “espera que este Ano Santo da Misericórdia traga muitas bênçãos para fazer face aos desafios do dia-a-dia e dar graças a Deus”. Considerando que este Jubileu é “um ato profético”, D. António Marto apontou a raiz desses desafios: “porque vivemos num mundo cínico em virtude da globalização da indiferença; vivemos uma cultura do descartável dos que são peso ou incómodo”.