Chamaste-me para a Tua vinha, Senhor, primeiro para a conhecer e depois para nela trabalhar.
Já lá estavam muitos a trabalhar e depois de mim ainda chegaram bastante mais.
Nem sempre trabalhei de sol a sol, e houve até momentos em que fingi que trabalhava, como se Tu não estivesses sempre atento, e não soubesses bem tudo aquilo que cada um dos Teus trabalhadores faz em cada momento.
Não andas pela vinha como capataz a vigiar o trabalho de cada um, andas sempre a ensinar a trabalhar, a dar a mão quando o trabalho é mais pesado, e a dessedentar aqueles que têm sede.
E depois, Senhor, não é ao fim do dia que me pagas, que nos pagas, porque o Teu pagamento é feito permanentemente e é sempre igual para todos.
E ainda mais do que isso, o Teu pagamento é a totalidade do bem com que nos pagas, porque o Teu pagamento é o amor, e o Teu amor é sem medida, e sem exclusão de ninguém.
Sabes, Senhor, às vezes sou um pouco como aqueles trabalhadores de que falas, aqueles que vieram nas primeiras horas, e acham que deviam ter uma paga maior do que os outros que chegaram no fim.
Mas depois percebo, porque sou “atingido” pelo Teu amor, e compreendo então que o Teu amor é sempre infinitamente o mesmo para todos.
Obrigado, Senhor, porque me chamas a trabalhar na Tua vinha de amor.