A vigília de Pentecostes em (palavras e) imagens

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Fotorreportagem do jornal Presente Leiria-Fátima

Textos e fotos de Luís Miguel Ferraz

 

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A família Narciso abriu a noite com música, num primeiro exemplo de como partilhar com a comunidade os dons recebidos. Porque foi de família e de dons do Espírito Santo que se falou nesta vigília de Pentecostes, celebrada no Seminário Diocesano de Leiria, a 7 de junho . Mais concretamente: “A beleza e a alegria de viver em família pela força do Espírito”.

 

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Joaquim e Elisabete fizeram a chamada aos movimentos e comunidades presentes, que tinham sido os principais convidados para esta festa dos “carismas” existentes na Diocese. Resumindo numa palavra ou expressão um dos seus “distintivos”, apresentaram-se assim: Comunidade Obra de Maria – Evangelizar com alegria; Grupo da Imaculada – Consagração; Centro Voluntários do Sofrimento – Companheiro; Movimento dos Convívios Fraternos – Descoberta d’Ele; Acção Católica Rural – Ginásio de Fé; Vida Ascendente, Movimento Cristão de Reformados – Espiritualidade; Movimento dos Focolares – Unidade; Comunidade Cristo de Betânea – Anúncio; Caminho Neocatecumenal – Generosidade; Comunidade Cenáculo – Evangelizar pelos Media; Renovamento Carismático Católico – Batizados no Espírito Santo; Equipas de Nossa Senhora – Partilha.

 

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O Grupo Coral da Chainça assumiu a animação musical do encontro, interpretando os diversos cânticos que ajudaram ao ambiente festivo da vigília.

 

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Após a proclamação da Palavra de Deus – um texto da Criação do homem e da mulher (Gn 2, 18-24), um salmo de louvor a Deus (Sl 148) e o Evangelho de S. João sobre o mandamento do amor (Jo 15, 9-12), o Bispo diocesano partilhou uma breve meditação com os cerca de 150 fiéis presentes. “Esta é uma vigília de preparação para a festa do Pentecostes, festa de Deus que Se oferece como força aos seus filhos, no Espírito Santo, festa das famílias e da Igreja, felizes por receber esses dons de Deus, e festa para o mundo, onde somos chamados a revelar essa manifestação do Espírito em nós”, começou por resumir.

D. António Marto apresentou, depois, três pontos de reflexão. Primeiro, o Espírito Santo é amor e só Se manifesta se O deixarmos inundar o nosso coração. “O principal problema das famílias e da Igreja é a mediocridade espiritual”, considerou o Bispo, indicando essa razão para o “caminhar cansado e abatido” de tantos fiéis e comunidades, por falta dessa experiência de Deus, desse “calor que dá vitalidade e qualidade de vida” e que faz com que as famílias não sejam “meras residências sem comunhão” e a Igreja não seja “mera instituição de solidariedade ou de prestação de serviços religiosos”.

Em segundo lugar, o Espírito manifesta-se na diversidade de dons e carismas, mas é o mesmo e único em todos. “A diversidade é boa, mas não podemos cair na tentação de nos fecharmos aos outros ou de acharmos que somos os melhores, porque o salvador é só um: Jesus Cristo”, lembrou. Portanto, “precisamos de abrir-nos à Igreja e aos outros, com o mesmo empenho com que o fazemos no nosso movimento ou comunidade, tal como na família cada um tem de partilhar e fazer comunhão com todos”.

Finalmente, o Espírito conduz à missão, pois “a Igreja não existe por si nem para si, mas para levar o Evangelho ao mundo, para anunciar à humanidade que Deus oferece a salvação a todos”. Sem sairmos do nosso ambiente e do nosso grupo, “a fé morre de asfixia”, concluiu D. António.

 

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A ação do Espírito Santo assume formas concretas na vida de cada um, das famílias e das comunidades. Nesta vigília de mais de duas horas, depois de um breve intervalo, houve espaço para quatro testemunhos disso mesmo. Um pequeno filme sobre “o que é o amor” deu o mote. O primeiro foi o casal de namorados Sónia e Nélio, dos Convívios Fraternos (CF). Para eles, “o namoro é como uma barca linda e maravilhosa quando parte, mas pequena e frágil e que vai sofrendo desgaste e desequilíbrios na navegação”. Perante as dificuldades, “caímos à água, mudamos de barco ou tentamos fazer a sua manutenção?”. Encontraram nos CF a resposta para “levar a barca por bons caminhos, mais segura e forte”, com as ferramentas da Eucaristia, da Confissão, do diálogo e da oração em conjunto, rumo à “arca de Noé do Matrimónio”.

 

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O casal Margarida e Luís, das Equipas de Nossa Senhora, revelaram como este movimento os ajuda a manter o casamento de 15 anos e a educação das três filhas. Oração em família, tempos para “sentar e conversar” e a “partilha de alegrias e dificuldades com outros casais com iguais preocupações” são as principais armas. Depois, “procuramos ser o reflexo do amor vivido e dos valores cristãos na nossa comunidade e no mundo em que vivemos”, contava ela, enquanto ele tratava da apresentação multimédia.

 

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Óscar e Neusa, do Caminho Neocatecumenal, com cinco filhos, partilharam também como, através deste movimento, “Deus foi tão generoso connosco”. Afastado da Igreja desde a adolescência, foi a necessidade de fazer o Crisma que aproximou Óscar da catequese de adultos no Caminho e o fez descobrir a sua vocação e todos os dons que Deus lhe reservou através do Matrimónio. “Mostrou-me como ser feliz, mediante a fidelidade aos três altares da família: a Eucaristia, a mesa e a cama”. O resto é a vivência quotidiana neste espírito, “na paciência, simplicidade, humildade, amor e oração em comum”.

 

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No Movimento dos Focolares, Ana encontrou uma forma de “remar contra a corrente”. Já vinha de família e de uma comunidade cristã viva, que a levou, por exemplo, “à renúncia ao vício das novelas na adolescência”. O desejo de crescer e desenvolver essa sensação de “escolher e ser livre” conduziu-a, depois, ao ideal de unidade neste movimento, onde experiências como a amizade com uma jovem em dificuldade de integração na faculdade, ou a vida comunitária numa cidadela dos Focolares, lhe ensinou que “é possível amar em qualquer ambiente e momento da vida”.

 

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No final de cada parte da vigília, com cânticos e orações, todos louvaram a Deus pelos dons do Espírito. A terminar, um compromisso comum em favor do Matrimónio e da família: “Deus Trindade (…) reconhecemos que somos fruto do teu amor (…), acreditamos que cada vocação é um teu chamamento pessoal (…), confiamos a Ti o nosso coração (…), imploramos e esperamos o teu auxílio (…), comprometemo-nos a testemunhar a beleza e a alegria de viver em família e na comunidade cristã, pondo ao serviço de todos os carismas que nos concedestes”. Que assim seja.

 

Jornal Presente Leiria-Fátima

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Durante a vigília, foi feito o apelo à assinatura do jornal diocesano PRESENTE LEIRIA-FÁTIMA, onde se dá espaço e voz a todos os serviços, movimentos, associações e comunidades da Diocese, das suas vigararias e paróquias. Também ele é veículo de divulgação mais ampla dos dons do Espírito Santo que se manifesta através desses diversos dinamismos. No final, foi oferecido um exemplar da última edição do PRESENTE… aos presentes.

 

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