«Tenho sede»,
dizes-me Tu,
numa súplica de amor constante,
com a cabeça baixa,
pendente,
dolorida de tanto sacrifício
que aceitas por mim
e por todos.
E eu, de mãos vazias,
Senhor,
nem uma «esponja embebida em vinagre»
tenho para Te dar.
Perdoa-me, Senhor,
por ser assim
tão pobre em amor,
tão fraco em confiança,
tão frágil em esperança.
Levantas a cabeça
e olhas-me nos olhos.
No Teu olhar vejo a Paixão,
mas o Teu sorriso abre-se
e dizes-me cheio de ternura:
Meu filho,
apenas quero o teu coração,
a tua vida,
o teu amor,
para acalmar esta secura!