“O que é impossível para Deus?” foi o mote do retiro que os jovens que frequentam o 10º ano da catequese, na paróquia dos Pousos, realizaram no dias 23 e 24 de Março, nos Missionários da Consolata, em Fátima.
O retiro, que foi orientado pelo padre Simão Pedro, iniciou-se na Comunidade Cenáculo (Fundada por Rita Petrozzi, mas conhecida pela Madre Elvira), com uma dinâmica já preparada pelos jovens residentes, nomeadamente pelo Giovani e o Osvaldo. Esta comunidade tem como finalidade a santificação pessoal dos seus membros e de ajudar todos aqueles que se encontrem desorientados e sem rumo na vida propondo-lhes, de modo explícito, um caminho humano, cristão e de dávida aos outros.
Sábado
Depois do acolhimento inicial, os jovens do 10º ano foram levados para a capela, cujas paredes estavam todas pintadas à luz do Evangelho, tendo como pessoas centrais: Jesus Cristo e Nossa Senhora. Pinturas maravilhosas que foram realizadas por um dos jovens fundadores desta casa em Fátima.
Os catequizandos ficaram a conhecer as suas histórias de vida, algumas músicas e coreografias e o que mudou quando, através da comunidade, tiveram o seu encontro com Deus. Hoje a oração assume um papel vital nas suas vidas. Amam e confiam plenamente em Deus e por isso vivem da Providência Divina. Um detalhe desta comunidade jovem é que a internet ou o telemóvel não são fundamentais e raramente são usados.
Após este momento, realizou-se uma boa caminhada até às Instalações dos Missionários da Consolata, onde outras atividades os aguardavam.
Primeiro participaram no jogo “A Construção” que tinha como finalidade, perceber que é muito mais vantajoso trabalhar em equipa e em partilha, do que individualmente. De seguida visionaram o filme “Facing the Giants” que deu o mote deste retiro “O que é impossível para Deus?”. No final, e após um debate promovido pelo padre Simão Pedro, todos concluíram que a Deus nada é impossível, mas compete a cada um fazer a sua parte, nomeadamente, conhecer a Sua Palavra, orar e confiar. E a juntar a isto tudo, não ter medo de se entregarem plenamente a Deus. E quando a apresentação do filme já estava a mais de meio, os jovens foram surpreendidos pela visita dopadre Luís Morouço, pároco dos Pousos, que nunca deixa de acompanhar as atividades dos seus paroquianos.
Após reflexão sobre a mensagem deste filme, foram até à Capelinha das Aparições, onde rezaram e cantaram a Nossa Senhora do Rosário e onde foram desafiados a responder por escrito a três questões: “Acreditas que a Deus nada é impossível?”; “Que lugar dás a Deus na tua vida?” e “Que Cristão vais ser depois do Crisma?”. As respostas ficaram no íntimo de cada um.
Antes de dormir, e porque o cansaço ainda não era visível aos olhares das catequistas, houveram ainda vários momentos lúdicos e de muita comunicação verbal (ou não fossem jovens de 15 anos), mas que em muito aproxima e une o grupo.
Domingo
O dia de domingo começou com o visionamento do excerto do filme, denominado “A Ponte”, que retrata a história de um pai, que no exercício da sua profissão se viu confrontado com a terrível escolha de deixar o filho morrer esmagado pela ponte, ou baixar um utensílio para salvar dezenas de pessoas que se encontravam no interior do comboio e que circulava a grande velocidade na linha da ponte. A dúvida era se puxava ou não a alavanca. Este pai desesperado puxou a alavanca: perdeu o filho muito querido e salvou muitas vidas. Neste forte e doloroso momento, os jovens foram desafiados a responder à questão: “E tu puxavas a alavanca?”. Questão muito difícil de responder, sempre que nos encontramos em momentos de unir a razão, a emoção e a espiritualidade.
Pernas à estrada e o grupo foi em direção aos Valinhos, para a realização de uma Via-Sacra, mas criada e vivida de forma muito original. Este momento de oração incluía uma série de respostas às questões que os jovens, previamente tinham colocado numa sessão de catequese, e que havia o objetivo de serem respondidas por alguém que tivesse recebido o Sacramento da Ordem. O padre Simão Pedro com a ajuda da Irmã Goretti, da Congregação Amor de Deus, responderam com toda a segurança.
Após o almoço, celebrou-se a Eucaristia só para o grupo e pais que se juntaram a este momento. Destacamos o momento do ofertório, onde os jovens receberam uma pegada e escreverem, em algumas palavras, o que tinha representado, para eles, este retiro de preparação para o Crisma. Destacamos algumas respostas: “amor, paz, Jesus é meu amigo, humildade, aprender a trabalhar em grupo, darmos sempre o nosso melhor, ser persistentes, entreajuda, uma experiência para a vida, convívio com Deus, para Deus nada é impossível, incrível, inesquecível, bom ambiente entre todos; início do Crisma, fé, descoberta e união com Deus, reencontro”.
Ao padre Simão Pedro, à Irmã Goretti e ao catequista Abílio e ao seu filho Lucas, que foram colaborando também durante este fim-de-semana em vários momentos, o nosso agradecimento por nos terem proporcionado tantos momentos diversificados no amor a Deus. Fica ainda aqui registado a nossa estima pelo padre Luís Morouço, pelo esforço de ter estado presente connosco e por nos levar sempre muito alegria à nossa espiritualidade.