A Autoridade de Supervisão e Informação Financeira (ASIF) do Vaticano registou uma diminuição nas comunicações de atividades suspeitas em 2024, de 123 para 79, segundo o seu relatório anual divulgado esta quarta-feira. A maioria (73) foi reportada pelo Instituto para as Obras de Religião (IOR). A ASIF atribui a redução à melhoria na seleção dos casos a relatar, salientando o reforço da cooperação internacional e o aumento das medidas preventivas.
O relatório refere cinco casos que exigiram ações específicas: três suspensões de transferências, no total de 1 058 130 euros, e dois congelamentos de contas junto do IOR. Pela primeira vez, as comunicações foram classificadas entre as que apresentam sinais reais de anomalias e as que se referem apenas a jurisdições de alto risco. Nenhuma das 36 comunicações deste segundo grupo originou relatório ao Promotor de Justiça.
A ASIF sublinha ainda os bons resultados do IOR e a avaliação positiva do Comité Moneyval, reforçando a credibilidade do sistema financeiro da Santa Sé.