O Vaticano publicou um novo documento com orientações para a fase de implementação do Sínodo, que convida as comunidades católicas a experimentarem práticas e estruturas renovadas, rumo a uma vivência mais sinodal da Igreja. O texto, divulgado pela Secretaria-Geral do Sínodo, destaca a necessidade de conversão das culturas, das relações e das práticas eclesiais, em ordem a uma reforma que envolva também estruturas e instituições.
O documento surge na sequência da Assembleia Geral do Sínodo, cuja segunda sessão decorreu em outubro de 2024, após um extenso processo de auscultação iniciado em 2021. O Papa Francisco promulgou o documento final, sem exortação pós-sinodal, e convocou uma inédita Assembleia Eclesial para 2028.
As orientações agora propostas apresentam 11 domínios prioritários, incluindo a promoção da espiritualidade sinodal, a valorização do papel de leigos e leigas em funções de responsabilidade, e a criação de formas de ministério adaptadas a diferentes contextos. O texto sublinha a obrigatoriedade dos organismos de participação nas dioceses e paróquias e apela à realização de assembleias eclesiais regulares.
Até 2028, está previsto um percurso de implementação, com assembleias de avaliação a nível diocesano, nacional, continental e internacional, envolvendo diversas realidades e contextos sociais. O documento dirige-se prioritariamente aos bispos e equipas sinodais, que são chamados a atuar como “laboratórios de sinodalidade”.