Na paróquia das Pedreiras, a vivência do tempo pascal foi uma verdadeira caminhada de fé, marcada por sinais visíveis de entrega, comunhão e alegria partilhada. Desde o início da Quaresma até ao último dia da visita pascal, a 4 de maio, foi notório o empenho de toda a comunidade: catequistas, famílias, jovens e, muito especialmente, o nosso pároco, padre Sebastian Joseph, cuja presença próxima e inspiradora iluminou cada momento.
Quaresma: portas abertas e mochilas cheias de sentido
Inspirados pelo tema do “peregrino da esperança”, viveu-se uma caminhada quaresmal centrada em dois grandes símbolos: a porta e a mochila. Através de momentos de partilha em grupo e de dinâmicas catequéticas, foi-se refletindo semanalmente sobre palavras-chave do caminho cristão: escuta, partilha, perdão, alegria, serviço e amor. Cada família e cada grupo de catequese foi convidado a abrir as suas “portas interiores” e a encher a mochila do coração com atitudes de fé. A igreja e a capela ganharam cor e vida, as famílias envolveram-se com entusiasmo, e cada criança sentiu-se parte viva e activa desta preparação para a Páscoa.
24 horas para o Senhor: tempo de reconciliação e silêncio com Deus
No dia 29 de março, viveu-se as “24 horas para o Senhor”, onde pequenas e grandes mãos, pequenos e grandes corações, se uniram em adoração, oração e reconciliação, num convite ao recolhimento, à escuta e à abertura à misericórdia de Deus.
Via Sacra encenada: passos de fé, mãos de serviço
No Domingo de Ramos, 13 de abril, a comunidade viveu dois momentos muito significativos. De manhã, a celebração da bênção dos ramos uniu-nos na memória da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. À tarde, os jovens catequizandos protagonizaram uma Via Sacra encenada com grande profundidade, percorrendo as ruas com fé e emoção.
Foram eles os rostos e gestos das personagens do Evangelho, acompanhados pelos mais pequenos, que carregaram as cruzes de cada grupo, enquanto um coro e leitores deram voz e alma a cada estação. A beleza desta celebração tocou os corações de todos os presentes e deixou uma marca profunda na vivência comunitária da Quaresma.
Semana Santa: celebrar com profundidade e verdade
Durante a Semana Santa, cada celebração foi cuidadosamente preparada e vivida com intensidade. Da Missa da Ceia do Senhor, onde as crianças e jovens encenaram com respeito e simbolismo o gesto do lava-pés, até à celebração da Paixão, centrada na veneração da cruz, tudo levou a mergulhar no mistério do amor sem medida de Cristo.
Na noite da Vigília Pascal, celebrou-se a luz que vence as trevas, numa igreja renovada, cheia de sinais da ressurreição. A comunidade participou com alegria, renovando o seu compromisso com Cristo vivo.
E no Domingo de Páscoa, foi vivida com alegria a celebração da “porta da vida nova”, símbolo da passagem da escuridão para a luz, da tristeza para a esperança, abrindo corações à vida nova que renasceu do sepulcro vazio. Com a presença da comunidade, foi um verdadeiro renascer da fé!
Domingo de Pascoela: bênção, comunhão e início da visita
No domingo seguinte à Páscoa, 27 de abril, celebrou-se o Domingo de Pascoela com eucaristia festiva e bênção comunitária dos crucifixos, levados pelas famílias. Seguiu-se um almoço partilhado e o início da visita pascal, que se estendeu por uma semana, levando a luz e a paz de Cristo ressuscitado às casas da nossa paróquia.
Visita pascal: pés cansados, corações cheios
De lugar em lugar, a visita foi recebida com sorrisos, emoção e profunda fé, nunca se perdendo o entusiasmo, nem o objectivo, de levar Cristo a cada lar.
Gratidão partilhada
Esta vivência pascal nas Pedreiras não teria sido possível sem o esforço conjunto de toda a comunidade. A cada porta aberta, a cada coração disponível, a cada gesto de ajuda, deixamos um profundo “obrigado”. E ao nosso pároco, padre Sebastian, o nosso reconhecimento pelo exemplo de fé, serviço e alegria pascal.
Concluímos este tempo com os olhos postos no Ressuscitado, com a certeza de que cada passo foi acompanhado pelo seu amor e de que cada coração tocado continuará a semear esperança, como verdadeiros peregrinos da fé.
