Quem esteve atento às cerimónias do 13 de outubro transmitidas pela televisão de certeza não deixou de apreciar e até interiorizar a humildade e a sabedoria que dimana do rosto e de toda a pose de D. Américo de Aguiar.
Este género de pessoas encantam todos os que se cruzam com elas mesmo que discordem das suas ideias. Não fazem nada para serem notadas, mas têm em si mesmas um íman natural que lhes é inato. São livros abertos em páginas que dá vontade ler de imediato. Entram em simultâneo no coração e na mente de quem as ouve e observa porque personificam a simplicidade.
Depois da minha caminhada da manhã cheguei ainda a tempo para ouvir o jovem cardeal, a sua homilia explicita, sucinta, breve, “nada chata” e sem dar “seca”.
D.Américo de Aguiar ofereceu o báculo, a cruz episcopal da Jornada Mundial da Juventude, o anel de cardeal, o solidéu e o lenço branco do Adeus como se dissesse à Virgem de Fátima:
– Fica tudo aqui, neste espaço e lugar! Eu não necessito de nenhum adereço. Dou-Te estes objetos porque te estou muito agradecido por me teres ajudado a levar a bom termo a Jornada Mundial da Juventude. Só Te peço, ó Mãe, que não te esqueças de me acompanhar na grande lide que tenho pela frente, conjuntamente com toda a Igreja reunida em Sínodo. Peço-Te pela sua unidade e para que se aproxime cada vez mais do verdadeiro espírito dos primeiros cristãos, o mesmo do “poverello” Francisco de Assis, para que possa responder aos grandes e exigentes desafios do mundo presente. Se tiver a tua companhia levo Deus comigo. Nada, mesmo nada me faltará. Cumpre-se o lema que escolhi: “In Manus Tuas” (Nas Tuas Mãos).