Sou voluntária na Jornada

Faço deste texto o meu testemunho para quem pensou duas vezes antes de se inscrever nas jornadas. Também eu o pensei duas vezes.

O meu clã, Maria da Conceição do Agrupamento 522 Coz, esteve em atividade de verão entre os dias 19 e 23 de julho. Fomos até à capital servir da melhor maneira que conseguimos. Depois de 30km nos pés entre Sesimbra e Setúbal, sábado e domingo estivemos na Universidade Católica a ajudar na preparação das JMJ.

Faço deste texto o meu testemunho para quem pensou duas vezes antes de se inscrever nas jornadas. Também eu o pensei duas vezes. Talvez até tenha pensado três, ou mais, na verdade. No entanto, um caminheiro amigo convenceu-me a inscrever como voluntária, disse-me “Podes não ter outra oportunidade de participar em algo assim, vai ser incrível”. E inscrevi-me assim que cheguei a casa. Pensei muito, principalmente na confusão de pessoas que haverá, na dificuldade em movimentar-me em Lisboa e nos contratempos que são impossíveis de controlar na totalidade. Mesmo assim, enviei a minha inscrição. Vou ser voluntária na semana das JMJ e este fim de semana deu para sentir o cheiro daquele que será este encontro mundial.

Sábado estive maioritariamente a ajudar na preparação dos Kits para voluntários, peregrinos e padres. Não houve imenso movimento, consegui conhecer chefes e escuteiros de outros agrupamentos e aproveitar o tempo em clã em linhas de montagem.

Domingo o sentimento foi diferente, chegaram mais voluntários para levantar os seus kits e já se sentia outro espírito, pelo menos, eu senti. Estive na zona do check-in, por onde passam pessoas de todo o mundo. Comecei apenas por direcionar quem chegava para a devida mesa onde iria ser atendido e aproveitava para dar meio dedo de conversa quando não havia nenhuma mesa disponível. Mais tarde, estive sentada numa dessas mesas onde fiz o check-in a voluntários portugueses, mas também vindos do Brasil, Espanha, França, Itália, Polónia, México, enfim, de todo o mundo.

Na mesa estava uma folha ao meu lado. A folha era uma lista incrivelmente grande com o nome de todos os países que estavam inscritos nas JMJ. Deu para descobrir países novos e, principalmente, para parar um segundo e perceber o quão forte é a causa pela qual tanta gente se reúne. Quantas vezes são aquelas em que se juntam mais de um milhão de pessoas na mesma cidade para celebrar algo? É incrível. Há momentos em que pensamos que já ninguém tem força de vontade para fazer as coisas acontecer e depois acontece isto, ou vai acontecer. Deixa-me de coração cheio ver o esforço de tantos jovens (e não só) e imaginar a quantidade de relações que se vão criar durante as próximas duas semanas. Espero conseguir estar aberta a tudo e a todos, escrever muito no livro dos outros e estar de livro aberto para quem quiser escrever no meu.

Este fim de semana não deu para perceber nem perto o que será a movimentação da semana de 31 a 6, mas trouxe algum agrado, o início de um “ainda bem que conheci aquele caminheiro e me inscrevi”. Agora regresso a casa para repor as forças e voltar em força dia 31. Não me sinto preparada para a confusão que vai ser, mas acredito que as pessoas que vou conhecer me consigam recarregar a bateria de que necessito.

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