O padre Eduardo Duque, membro da Equipa Sinodal da Conferência Episcopal Portuguesa, destacou à Agência ECCLESIA que o Sínodo 2021-2024 abriu múltiplas possibilidades para renovar as comunidades católicas, reforçando a proximidade às pessoas. “Este Sínodo desafia-nos a olhar para a Igreja e torná-la mais próxima, aberta e flexível, adaptando-a às realidades culturais, sociais e económicas”, afirmou o sacerdote e docente da Universidade Católica Portuguesa.
Este sábado, a Conferência Episcopal promove, em Fátima, um encontro nacional para debater as conclusões da XVI Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, que decorreu em duas sessões: outubro de 2023 e outubro de 2024. O padre Duque espera que os princípios da sinodalidade resultem em “medidas concretas” que não temam o risco e a mudança.
O documento final, promulgado pelo Papa Francisco, aborda a complexidade social, a digitalização e a urbanização, destacando a necessidade de comunidades inclusivas que valorizem a diversidade e não deixem ninguém para trás. Para o sacerdote, é essencial “abrir portas” e acolher todos, com foco na formação e em processos mais transparentes de consulta e decisão.
Além disso, o padre defende o fortalecimento das comunidades, sugerindo que se criem equipas paroquiais capazes de ir ao encontro de famílias deslocalizadas, garantindo a sua integração. O objetivo do Sínodo, iniciado com a auscultação de milhões de fiéis em 2021, é construir uma Igreja sinodal, marcada pela comunhão, participação e missão.