Na sequência da entrevista da ministra da Saúde, Marta Temido, à estação de televisão SIC, alguns setores da sociedade admitiram possibilidade de se fazerem as celebrações da peregrinação a Fátima nos próximos dias 12 e 13 de maio. Um pouco por todos os espaços digitais, houve pessoas que se manifestaram, umas pela abertura do recinto aos peregrinos, seguindo os requisitos necessários para a manutenção do distanciamento social, outras pela continuidade da decisão anunciada no dia 6 de abril.
O Santuário de Fátima acabou por emitir um comunicado a confirmar a realização da peregrinação à porta fechada e sem a presença física dos peregrinos. “Tal como estava previsto, em articulação com as autoridades civis, as celebrações dos dias 12 e 13 de maio, este ano, não podem contar com a presença física dos peregrinos e serão transmitidas pelos órgãos de comunicação social e digital”, reitera o anúncio que segue assinado pelo bispo da Diocese de Leiria-Fátima, o cardeal D. António Marto.
O próprio comunicado esclarece que “a decisão da Igreja Católica de seguir as indicações das autoridades civis no sentido de suspender as celebrações religiosas comunitárias decorre da responsabilidade de fazer o que está ao seu alcance para não colocar em perigo a saúde pública, cumprindo também deste modo o mandato evangélico do amor ao próximo”. De acordo com os responsáveis do Santuário, um retrocesso nesta decisão iria pôr em causa todos os esforços que a sociedade civil em geral e a Igreja em particular têm feito no sentido de reprimir a disseminação do vírus da covid-19, tanto mais que “um aglomerado imprevisível de pessoas na Cova da Iria, a 12 e 13 de maio, numa altura em que o risco epidémico é elevado, contraria as orientações das autoridades de saúde, que optaram por fazer um desconfinamento gradual e faseado”.
Comunicado integral
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