“Neste vale de Lágrimas” é o nome da próxima exposição temporária, a inaugurar dia 29 de novembro, no Convivium de Santo Agostinho, na zona da Reconciliação da Basílica da Santíssima Trindade. Terá como dois principais propósitos a evocação da aparição de agosto de 1917 e o período da Primeira Grande Guerra Mundial.
Neste contexto, uma das peças principais será o “Cristo das Trincheiras” que se encontra desde 1958 junto ao Túmulo do Soldado Desconhecido, na Sala do Capítulo do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha. Trata-se de uma imagem de Cristo crucificado de grande volume e bastante mutilada, encontrada por soldados portugueses nas trincheiras da Flandres, que considerada uma das peças emblemáticas da participação de Portugal na I Grande Guerra.
A sua vinda para o Santuário foi possível graças à disponibilização por parte da Liga dos Combatentes, proprietária da obra. Será a primeira vez que a peça deixará o Mosteiro da Batalha, visando “a criação de momentos excecionais, que permitirão o conhecimento e o prazer espiritual de milhões de peregrinos e de combatentes”.
A mostra terá como elemento aglutinador a aparição de agosto de 1917, ocorrida nos Valinhos. “Fará eco desses dois braços de um rio que confluía em Portugal, que é a questão da Primeira República e da dificuldade em fazer caminho no âmbito da fé e, por outro lado, desse contexto terrível que era o da Primeira Grande Guerra”, antecipa Marco Daniel Duarte, diretor do Museu do Santuário e comissário da exposição. E adianta: “O visitante vai poder entender como é que a mensagem de Fátima entronca nestes cenários e qual é a resposta que a Virgem Maria aqui pede para se alcançar a paz: é a oração do rosário, bem o sabemos”.
Abertura do ano pastoral “Santificados em Cristo”
A inauguração da exposição, às 14h30 do dia 29, será o primeiro ponto de uma jornada que se prolongará pela tarde e que visa a apresentação do ano pastoral de 2014-2015, no Centro Pastoral Paulo VI. O tema do ano será “Santificados em Cristo”, que será apresentado em conferência pelo padre Nuno Almeida. A sessão terá ainda um apontamento musical e o encerramento caberá ao Bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto.
