Resultados do inquérito revelam avaliação positiva do novo modelo da Peregrinação Diocesana

O Conselho de Coordenação Pastoral da Diocese de Leiria-Fátima, analisou, na sua mais recente reunião, os resultados do inquérito de avaliação da Peregrinação Diocesana a Fátima realizada este ano, marcada pela implementação de um novo modelo de participação e organização. A auscultação, realizada junto dos peregrinos, agentes pastorais e demais envolvidos, pretendeu recolher impressões, identificar pontos fortes e áreas de melhoria, e compreender o impacto da experiência vivida.

A novidade no formato, que procurou responder aos desafios atuais da pastoral e reforçar a dimensão comunitária da peregrinação, motivou uma reflexão alargada sobre a participação e o sentido eclesial do evento. Neste contexto, o inquérito assumiu um papel fundamental para escutar o sentir da Diocese e avaliar a pertinência das mudanças introduzidas.

De entre os resultados, destaca-se a apreciação globalmente positiva por parte dos inquiridos, que valorizaram a mudança de formato e de data. Foram igualmente apontadas sugestões concretas para o aprofundamento de alguns aspetos logísticos e pastorais, que ajudarão a melhorar futuras edições.

A informação recolhida é um contributo determinante para a decisão sobre os procedimentos a adotar nas próximas peregrinações. A Diocese reforça, assim, o compromisso com uma escuta ativa e participada, na construção de caminhos que promovam a unidade e o crescimento da comunidade eclesial.

Paróquias de origem dos inquiridos e participação na peregrinação

A análise dos dados recolhidos junto dos participantes da peregrinação dos jovens ao Santuário de Fátima mostra uma diversidade significativa de paróquias de origem, com predominância da paróquia da Marinha Grande, que representa a maior parte das respostas. Esta paróquia destaca-se também por ser a mais representada entre os que realizaram a peregrinação a pé, o que contrasta com a tendência geral: apenas 41,8% dos inquiridos afirmaram ter feito a peregrinação a pé, enquanto 58,2% não o fizeram.

Relativamente aos momentos vividos durante a peregrinação, verifica-se uma ampla participação nas várias propostas, com especial destaque para:

  • a Missa na Basílica da Santíssima Trindade, o momento com maior adesão (92,3% dos inquiridos);
  • a Festa da Esperança no auditório Paulo VI, que contou com a participação de 81,3%;
  • o Terço na Capelinha das Aparições, vivenciado por 63,7%;
  • as dinâmicas da manhã (caminhadas a partir de cinco pontos diferentes), que mobilizaram 33% dos participantes;
  • e o almoço sob inscrição, assinalado por 31,9%.

Estes dados evidenciam uma participação muito expressiva nos momentos litúrgicos e celebrativos centrais, enquanto actividades como as dinâmicas da manhã ou o almoço registam uma adesão mais moderada.

De forma global, os resultados reflectem um forte envolvimento na vivência espiritual e comunitária da peregrinação, ainda que a maioria não tenha optado pelo percurso a pé. A ampla representação de paróquias confirma o carácter diocesano e inclusivo da iniciativa, reforçando a importância de manter e diversificar as propostas de participação.

Peregrinos aprovam novo modelo da Peregrinação

Os resultados do inquérito revelam uma apreciação positiva dos participantes quanto ao modelo implementado este ano. A análise das respostas demonstra que a maioria dos peregrinos avalia favoravelmente tanto o modelo geral da peregrinação quanto as mudanças específicas introduzidas.

No que diz respeito à avaliação geral do modelo da Peregrinação, verifica-se uma clara tendência positiva, com a grande maioria dos inquiridos a atribuir pontuações de 4 e 5 (numa escala de 1 a 5). Aproximadamente 70% dos participantes classificaram o modelo geral com estas pontuações elevadas, demonstrando um alto nível de satisfação com a organização e estrutura do evento.

A mudança do dia da Peregrinação do domingo para o sábado foi também bem recebida pelos fiéis. Mais de 75% dos inquiridos avaliaram esta alteração com pontuações de 4 ou 5, sugerindo que a nova data facilita a participação e possivelmente permite uma melhor conciliação com outras responsabilidades dominicais. É de notar que apenas um número reduzido de participantes (menos de 10%) expressou descontentamento com esta mudança.

Quanto às propostas de preparação, que incluíam meditações para a via sacra e para o terço, bem como orações para o início da peregrinação, os resultados mostram uma avaliação mais diversificada. Aproximadamente 55% dos peregrinos que responderam a esta questão atribuíram pontuações positivas (4 ou 5), revelando apreciação por estes elementos preparatórios. Contudo, verifica-se que uma percentagem significativa de participantes (cerca de 35%) não apresentou avaliação para este aspecto, o que pode indicar que nem todos utilizaram ou tiveram conhecimento destes recursos.

Estes resultados sugerem que, embora o modelo geral e a mudança de dia tenham sido amplamente aceites, poderá existir espaço para melhorar a comunicação e disseminação das propostas de preparação espiritual junto dos fiéis para futuras edições da Peregrinação.

Momentos celebrativos com forte aprovação

Os resultados do inquérito de avaliação revelam dados significativos sobre a apreciação dos diversos momentos que compuseram o evento. A análise detalhada das respostas permite compreender quais foram os pontos altos da experiência espiritual coletiva.

Missa na Basílica da Santíssima Trindade

A celebração eucarística na Basílica da Santíssima Trindade destaca-se como o momento mais bem avaliado pelos peregrinos. Aproximadamente 80% dos participantes que responderam a esta questão atribuíram pontuações de 4 ou 5, demonstrando elevada satisfação com este momento culminante da peregrinação. A arquitetura moderna do espaço sagrado, aliada à solenidade da celebração, parece ter criado uma experiência profundamente significativa para os fiéis.

Terço na Capelinha das Aparições

O momento de oração do terço na Capelinha das Aparições recebeu igualmente avaliações muito positivas, com cerca de 75% das respostas atribuem pontuações de 4 ou 5. Este resultado evidencia a importância que os peregrinos atribuem a este momento tradicional de devoção mariana no local exato das aparições, reforçando seu valor como experiência central da peregrinação.

Festa da Esperança no Paulo VI

A Festa da Esperança, realizada no Centro Paulo VI, obteve resultados mais diversificados, mas ainda assim predominantemente positivos. Aproximadamente 65% dos fiéis avaliaram este momento com pontuações de 4 ou 5, enquanto cerca de 15% atribuíram notas mais baixas (1 a 3). Esta variação sugere que, embora bem recebido pela maioria, este momento pode beneficiar de alguns ajustes para as próximas edições.

Serviço de almoço

O serviço de almoço também recebeu avaliações favoráveis, com cerca de 70% dos respondentes que avaliaram este aspecto atribuindo pontuações de 4 ou 5. Este resultado sugere uma boa organização logística, elemento importante para o conforto dos peregrinos durante um dia de intensa vivência espiritual.

Dinâmica da manhã

As caminhadas a partir de cinco pontos distintos e a dinâmica da manhã foram os aspectos com menor taxa de resposta, com apenas aproximadamente 30% dos inquiridos fornecendo avaliação. Entre os que participaram e responderam, as avaliações foram maioritariamente positivas, com cerca de 80% atribuindo pontuações de 4 ou 5. A baixa taxa de resposta pode indicar uma participação mais reduzida nestes momentos iniciais ou dificuldades logísticas para os peregrinos que se deslocaram por outros meios.

A análise global das avaliações dos diversos momentos da Peregrinação revela um padrão claro: os momentos centrais da tradição religiosa de Fátima – a Missa e o Terço na Capelinha – são os mais valorizados pelos fiéis. A forte adesão a estes momentos sugere a importância de preservar e potenciar estas experiências religiosas fundamentais, enquanto se procura melhorar a participação e a qualidade dos momentos complementares.

É também importante notar que uma parte significativa dos inquiridos não avaliou todos os momentos, o que pode indicar uma participação seletiva na programação ou dificuldades em participar em todos os momentos devido a constrangimentos logísticos ou temporais.

Os pontos positivos da Peregrinação

A análise das respostas abertas do inquérito de avaliação da Peregrinação Diocesana a Fátima 2025 revela um rico panorama de experiências positivas vividas pelos peregrinos. Vários elementos foram consistentemente mencionados, permitindo identificar claramente os aspectos que mais marcaram os participantes nesta importante jornada espiritual.

Celebração eucarística na Basílica: um marco de unidade diocesana

A celebração da Eucaristia na Basílica da Santíssima Trindade emerge como um dos aspectos mais valorizados pelos participantes. Inúmeros testemunhos destacam a escolha deste espaço como particularmente feliz, realçando o “sentido de reconhecimento de ser a Peregrinação da Diocese” e a importância da “Missa só para a Diocese”.

A mudança do local da celebração para a Basílica foi frequentemente mencionada como ponto positivo, com os peregrinos apreciando especialmente o “espaço mais acolhedor” que “permite um maior conforto mesmo com situação climatérica desfavorável” e “cria um espírito de maior unidade entre os diocesanos”. Esta alteração parece ter reforçado significativamente o sentimento de identidade e pertença diocesana.

Mudança para sábado: decisão amplamente aplaudida

A alteração do dia da Peregrinação do domingo para o sábado foi repetidamente destacada como um dos aspectos mais positivos. Os inquiridos valorizaram o facto de ser “só um dia e ao sábado”, “não ter que estar preocupada com o almoço” e não ser “em véspera de dia de trabalho”.

Este ajuste no calendário parece ter favorecido especialmente a participação familiar e dos mais jovens, como evidenciado em comentários como: “permitiu a participação de grupos de catequese, fazendo assim com que os jovens participassem” e a “alegria de poder ver a participação das famílias inteiras (pais e filhos)”. Esta mudança estratégica parece ter sido fundamental para renovar e rejuvenescer a presença diocesana no Santuário.

Experiência comunitária

O sentido de comunidade e pertença diocesana perpassa muitos dos comentários dos peregrinos. A “dinâmica comunitária envolvente”, o “convívio em Fé”, a “união do povo” e a “vivência em comunidade” são aspectos frequentemente destacados.

Particularmente apreciados foram os momentos de convívio estruturados, como o “almoço em vigararia que permitiu o convívio” e a “participação em vigararia”. Estas experiências coletivas parecem ter reforçado o sentimento de fazer parte de uma comunidade de fé mais ampla, transcendendo os limites paroquiais.

Protagonismo juvenil

A participação ativa e visível dos jovens foi outro aspecto amplamente celebrado pelos inquiridos. Testemunhos como “a expressão da identidade diocesana com a presença de muitos jovens”, “dinamismo dos jovens”, “o envolvimento de juventude” e “ver todos estes jovens unidos num propósito” revelam o impacto positivo desta presença juvenil.

A Festa da Esperança, em particular, foi destacada como momento de manifestação deste protagonismo juvenil, com menções à “animação no Paulo VI com boa participação da juventude” e à “diversidade da Festa da Esperança”. Este envolvimento dos mais jovens aparece como sinal de vitalidade e esperança para o futuro da comunidade diocesana.

Experiência da caminhada

Para muitos peregrinos, a caminhada constituiu um dos pontos altos da experiência. Diversos testemunhos mencionam especificamente “a caminhada e participação no terço e missa”, “a peregrinação a pé” e a “caminhada em conjunto com toda a dinâmica muito bem organizada”.

A dimensão espiritual desta experiência é evidenciada em comentários como “consegui na companhia de Deus fazer o percurso a pé e sentir a sua presença” e “a meditação em grupo, o espírito de pertença”. A iniciativa de organizar partidas de cinco pontos diferentes também foi valorizada, com menção a “partindo de um posto, todos juntos com elementos de diferentes paróquias”.

As respostas qualitativas revelam uma apreciação multifacetada da Peregrinação Diocesana a Fátima 2025, com destaque para aspectos litúrgicos, organizacionais e comunitários. O novo modelo implementado, com mudanças significativas de dia, local da celebração e estrutura do programa, parece ter correspondido às expectativas e necessidades dos fiéis, reforçando o sentido de identidade diocesana e favorecendo uma participação mais diversificada e intergeracional.

O testemunho “Foi um dia incrível e de convívio e de fé com todos os peregrinos da Diocese” sintetiza o sentimento geral captado nas respostas: a Peregrinação Diocesana conseguiu equilibrar com sucesso a dimensão espiritual e comunitária, criando uma experiência significativa e renovadora para os participantes.

Aspectos a melhorar, oportunidades de aperfeiçoamento

Embora o balanço geral da Peregrinação seja amplamente positivo, o inquérito de avaliação permitiu identificar também aspectos que os fiéis consideraram menos conseguidos. Estas observações constituem valiosas oportunidades de reflexão e melhoria para as próximas edições do evento diocesano.

Duração e estrutura da celebração eucarística

Um dos pontos mais frequentemente mencionados como aspecto a melhorar foi a duração e o formato da Missa na Basílica da Santíssima Trindade. Diversos peregrinos mencionaram que “o tempo de celebração da Missa” foi excessivo, com particular referência à “homilia muito extensa” que, segundo alguns testemunhos, “dificultou a manutenção do interesse e da atenção por parte dos mais novos”.

Os inquiridos sugeriram que, considerando que “os participantes começaram o dia cedo, a Eucaristia devia ser ajustada a acolher melhor esses participantes”. Houve também comentários sobre o carácter formal da celebração: “demasiado formalismo na Eucaristia” e “cânticos são tão elaborados que se tornam num concerto, não convida à participação”, sugerindo a necessidade de uma abordagem mais participativa e inclusiva, especialmente para os mais jovens.

Coordenação entre momentos e gestão do tempo

A articulação entre os diversos momentos da Peregrinação foi outro aspecto identificado como problemático. Vários participantes mencionaram “a desconexão entre as diversas atividades e celebrações por se alongarem para além do previsto” e o “pouco tempo entre a Festa da Esperança e Eucaristia”.

A gestão do tempo foi apontada como um desafio significativo, com menções a “horários apertados”, “falta de tempo” e “a pressa em terminar a festa da esperança, pois a missa tinha horário marcado logo de seguida e estava a falhar o horário”. Estes comentários sugerem a necessidade de um planeamento temporal mais realista, com intervalos adequados entre as várias actividades.

Comunicação e orientação dos participantes

A deficiência na comunicação e na orientação dos peregrinos emergiu como uma preocupação recorrente. Vários testemunhos mencionaram “alguma falta de divulgação e alguma falta de informação” e que “a informação não chegou às pessoas e isso desmotivou muita gente”.

Particularmente ilustrativo foi o comentário: “Sinto que todos nós andámos completamente perdidos… Não houve por exemplo a informação do como ia ser a utilizadas as bandeiras, muitas delas andaram com as bandeiras para a frente e para trás”. Outro participante referiu que “o andar para a frente e para trás, não favoreceu em nada o sentido de peregrinação. Cada um foi por sua conta a Capelinha, depois da Capelinha cada um foi por sua conta para o Paulo VI e ainda a festa da Esperança não tinha terminada, cada um foi por sua conta à Basílica para a missa”.

Festa da Esperança: conteúdo e logística

A Festa da Esperança no Centro Paulo VI, embora tenha recebido avaliações positivas, foi também objecto de algumas críticas específicas. Alguns peregrinos mencionaram que “houve momentos mais monótonos” e referiram-se a “algumas das dinâmicas da Festa no Paulo VI” como aspectos menos conseguidos.

Problemas logísticos foram igualmente apontados, com menções a “falta de espaço no Paulo VI”, “o tempo para entrar no Paulo VI e depois o não haver lugar” e “sala muito pequena para muita gente, não consegui participar pois não dava para ver nada e muito calor dentro da sala”. Estas observações sugerem a necessidade de ajustes na capacidade ou na gestão de afluência a este espaço.

Participação e mobilização das comunidades

Alguns inquiridos expressaram preocupação com o nível de participação na Peregrinação, referindo “a pouca adesão aos cinco percursos” e “pouca participação na peregrinação”. Um dos testemunhos menciona que “embora o número de participantes tenha superado as minhas expectativas, avalio negativamente o número de participantes”.

Vários factores foram apontados como possíveis causas para esta situação, incluindo “a falta de motivação global”, “demora na decisão do dia e das propostas tendo como consequência a pouca preparação prévia das comunidades e movimentos” e a conjuntura eclesial: “esta situação atual – mudança do clero nas paróquias – levou a que menos pessoas estivessem presentes”.

Considerações finais

A análise global dos dados recolhidos através do inquérito de avaliação da Peregrinação Diocesana a Fátima 2025 permite afirmar que o novo modelo implementado correspondeu, de forma expressiva, às expectativas da maioria dos participantes. A mudança de data para sábado, a celebração da Eucaristia na Basílica da Santíssima Trindade e a aposta em momentos com forte sentido comunitário revelaram-se decisões acertadas, valorizadas tanto na componente litúrgica como no dinamismo pastoral e organizacional.

A elevada participação e a diversidade das paróquias representadas atestam o carácter verdadeiramente diocesano da iniciativa. A presença activa de jovens, a vivência partilhada da fé e a valorização dos momentos celebrativos centrais reforçam o impacto positivo da peregrinação enquanto espaço de comunhão eclesial, de reforço identitário e de renovação espiritual.

Ao mesmo tempo, os contributos recolhidos evidenciam a importância de um olhar atento sobre os aspectos a melhorar. Questões como a duração da celebração eucarística, a articulação entre os diferentes momentos do programa, e a necessidade de uma comunicação mais clara e eficaz com os participantes, são oportunidades valiosas de aprendizagem. A escuta atenta aos testemunhos recolhidos deverá orientar os passos seguintes, assegurando que as futuras edições da Peregrinação possam continuar a crescer em qualidade, participação e significado.

Este processo de avaliação partilhada confirma o valor de uma pastoral que se constrói em diálogo com os fiéis, promovendo uma cultura de corresponsabilidade e de escuta mútua. A Peregrinação Diocesana a Fátima 2025, com o seu novo modelo, surge assim como um sinal concreto da vitalidade da Diocese e do seu compromisso em ser uma Igreja em caminho, próxima, participativa e missionária.

[Nota: A análise dos resultados do inquérito foi realizada com auxílio de inteligência artificial generativa]

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19 de Junho
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27 de Junho
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