A imagem da rede, cuja fortaleza e utilidade se alicerçam na relação entretecida pelos seus fios, é o paradigma daquilo que acredito que a Igreja sempre foi. Se os apóstolos deixam as redes para seguir Jesus, não é menos verdade que a elas retornam depois da paixão, e é nas suas imediações que se situa o palco de uma das aparições do Ressuscitado. Enquanto instrumento da faina, a rede é tanto mais credível quanto se mantém firme, arrastando para terra os frutos do trabalho humano. Noutra dimensão, bem mais recente, a rede é sinónimo de espaço digital, de convívio social, lugar de relações autênticas, tecidas pelo encontro de pessoas, histórias e vidas que, no fundo, sempre têm algo em comum: a fé em Nosso Senhor Jesus Cristo. Tudo isto se pode encontrar na revista REDE: trabalho semanal árduo e credível, informação útil e concreta, e experiência de partilha e colaboração.
Acredito que é da articulação destas dimensões do conceito de rede que nascem as histórias, e a minha, como a de tantos outros leitores, cruza-se semanalmente com a da REDE – e ainda bem. Receber e ler a REDE tornou-se para mim um ritual, uma espécie de paraliturgia, um espaço de respiração informada em meio à correria dos dias atarefados e da azáfama de uma vida constantemente solicitada por tantos e variados estímulos, que clamam desalmadamente por atenção. No que à REDE diz respeito, não é difícil mergulhar na leitura dos seus conteúdos, uma vez que a sua arquitetura gráfica, agradável e intuitiva, permite-nos navegar pelas suas páginas e, em harmonia com a liberdade dos filhos de Deus, abraçar o convite de aprofundar, por meio das suas ligações externas, as temáticas que nos propõe.
Neste sentido, e na comemoração desta data especial das 300 edições da REDE, é com natural alegria e satisfação que me associo à iniciativa proposta pelo GIC da diocese de Leiria-Fátima, a quem felicito pelo imenso e valoroso contributo que a REDE dá às comunidades da diocese e, por via da sua publicação digital, a toda a comunidade de efetivos e potenciais leitores que beneficiam da qualidade dos conteúdos que constituem este projeto, que considero ímpar no ecossistema mediático religioso em Portugal. Parabéns, REDE! Que possamos continuar a beneficiar do entrecruzar dos teus fios de histórias de vida em comum, cujo nó é Jesus Cristo Vivo, e que Ele possa continuar a ser sentido, imagem, texto e hiperligação que habita as nossas semanas com tantas sementes de esperança.