Fátima, 13 de janeiro de 2025 (Ecclesia) – D. António Augusto Azevedo, presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé, destacou o esforço de formação contínua de catequistas e professores de EMRC (Educação Moral e Religiosa Católica) no combate e prevenção de abusos de menores. Em declarações à Agência ECCLESIA, sublinhou a importância dos encontros realizados entre sexta-feira e sábado, em Fátima, com responsáveis do setor, para o aprofundamento desta temática.
“Neste âmbito formativo, que abrange tanto a catequese quanto os professores de EMRC, tem-se verificado um grande esforço na formação dos formadores sobre a prevenção de abusos”, afirmou D. António Augusto Azevedo, bispo de Vila Real.
Joana Alexandre, do Grupo VITA, apresentou um estudo que revelou que “mais de 50% dos catequistas adotam práticas de prevenção de abusos e abordam o tema com os seus catequizandos”. Este estudo foi partilhado com os responsáveis diocesanos de catequese durante o encontro em Fátima.
O bispo de Vila Real saudou ainda a colaboração com o Grupo VITA, que no próximo dia 21 de janeiro vai apresentar o seu terceiro relatório de atividades em Lisboa, junto com os resultados de três novos estudos de investigação. Este organismo, criado pela Conferência Episcopal Portuguesa, está a desenvolver o ‘Programa Girassol: Prevenção primária do abuso sexual infantil no contexto da Igreja Católica em Portugal’, destinado a crianças dos 6 aos 9 anos.
“Estão em preparação materiais lúdicos úteis para a formação dos menores, para que possam também consciencializar-se e se defender de situações inadequadas”, acrescentou D. António Augusto Azevedo.
António Cordeiro, coordenador do Departamento de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC), destacou a importância de promover a segurança dos alunos. “Os professores têm um papel central junto das comunidades educativas e com os alunos, sendo um ponto de ligação para promover a segurança e o cuidado”, explicou.
No âmbito do programa Girassol, Alexandra Figueiredo, docente de EMRC na Diocese de Leiria-Fátima, referiu que foram realizadas várias ações de formação, com o objetivo de sensibilizar para a prevenção da violência sobre as crianças e criar mecanismos de intervenção nas comunidades.
D. António Augusto Azevedo também mencionou a elaboração de novos recursos, incluindo materiais digitais, que têm sido uma “mais-valia” no processo educativo. Carina Veríssimo, docente de EMRC na Diocese do Porto, realçou a importância de os recursos digitais aproximarem os conteúdos aos alunos de forma dinâmica e leve, sem esquecer a importância das relações humanas na aprendizagem.