Pedro Abrunhosa recorda os 70 anos de amor dos seus pais – “um agnóstico e uma mulher profundamente católica” – como um “puro ‘Cântico dos cânticos’”. Em entrevista à Agência ECCLESIA, o músico sublinha que este testemunho lhe ensinou que “não temos de ser iguais na fé, mas sim nos valores, na prática”. Agnóstico, reconhece a influência da Bíblia, dada a conhecer pelo pai, na sua obra: “literária, poética e religiosamente importante”, cita os livros proféticos e destaca o ‘Cântico dos cânticos’ como marca no “iceberg da consciência”.
A arte, diz, é para si uma forma de pacificação interior. “A linguagem tem limites, mas esses limites desfazem-se com a poesia e a música. Será que, nesse ‘big bang’, Deus existe?”, questiona.
Celebrando 30 anos sobre o disco «Viagens», refere a força do Papa Francisco como “a sua diferença” e apela à continuidade do seu caminho: “O mundo precisa muito de poesia. E o mundo precisa muito de Deus.”