O Departamento de Pastoral Familiar (DPF) apresentou na Assembleia Diocesana algumas linhas programáticas da sua acção para este ano, em que este sector de intervenção será especialmente relevante.
O casal Natália Manso e Hugo Menino, da equipa do DPF, apontou seis termos-chave para essa acção, partindo do conteúdo da Carta Pastoral de D. António Marto para a definição de uma orientação concreta a assumir pela pastoral familiar. Passamos a transcrever um resumo dessa intervenção. (Ver texto integral em anexo).
Afetividade
A afetividade é um pilar fundamental que sustenta a família, alimenta-a e ajuda a crescer aqueles que dela fazem parte. Como ser sensível, os afetos são imprescindíveis ao Homem.
Neste sentido, queremos, ao longo deste primeiro ano, anunciar o sentido cristão da afetividade, do amor e da família. Fá-lo-emos de modo particular através de atividades para adolescentes e jovens sobre a vocação ao amor e ao matrimónio, a nível paroquial, vicarial e diocesano.
Dom
Deus nas suas maravilhas ofereceu-nos um dom maravilhoso, o Matrimónio. Esse dom sagrado que Deus coloca à nossa disposição implica que homem e mulher deixem de ser duas pessoas, para passarem a ser uma só. No matrimónio, não se vive apenas com o outro, vive-se para o outro. Aqui se encontra o segredo da felicidade.
Desejamos, pois, apresentar o matrimónio como dom e vocação. Será essa a grande mensagem e proposta de reflexão que D. António levará aos encontros com as vigararias durante este primeiro ano pastoral.
Cuidar
Todos os membros da família, cada um com as suas capacidades e limitações, têm a responsabilidade de cuidar do outro. É no seio familiar que se concretiza o humanismo mais completo e mais rico, visível no cuidado e amor aos mais pequenos, aos doentes e aos mais velhos; com as tarefas partilhadas no dia-a-dia; com a participação recíproca nas alegrias e nos sofrimentos.
Assim, a nossa diocese assume o compromisso de cuidar com especial empenho da preparação do sacramento do matrimónio. Para esta tarefa contamos com a dedicação das equipas paroquiais e dos movimentos ligados à Pastoral familiar, nomeadamente do CPM – Centro de Preparação para o Matrimónio.
Berço
A família é berço de vida. É aí que a vida, dom de Deus, nasce, é acolhida e protegida e se pode desenvolver. Na geração de uma nova vida, os pais tomam consciência de que o filho é fruto do seu amor e um dom para ambos. O papel da família é educar, anunciar e testemunhar.
Nesse sentido, outro grande objetivo deste biénio será redescobrir a família como berço da vida, como escola de humanização e cidadania.
Valorizar
É fundamental valorizar a família como lugar de vivência e transmissão da fé. A família é o lugar de catequese por excelência, porque nela as primeiras vivências do evangelho podem ser contextualizadas e integradas nas vivências familiares.
Dando cumprimento a este desafio, iremos procurar durante este biénio dar mais relevo à família na caminhada catequética dos seus filhos. As paróquias e os centros de catequese deverão apostar ainda mais na ligação entre catequese e família.
Presença
Estar presente e ser presente é um desafio nos dias de hoje. Trocar o “corre corre” de um dia super cheio por tempo em família, não sendo fácil à partida será vital à chegada! [Sem isso], a relação conjugal e familiar enfraquece e muitas vezes desmorona-se.
Assumimos pois o compromisso de criar e estruturar um espaço de acolhimento para casais em dificuldade. Ao mesmo tempo, deverão ser encontradas formas para uma maior integração das famílias dos divorciados recasados na comunidade cristã, nos modos previstos pela Igreja.
