O Papa Francisco encontrou-se esta terça-feira, 24 de junho, com seminaristas de todo o mundo, reunidos no Vaticano por ocasião do Jubileu dos Seminaristas, no âmbito do Ano Santo. Na Basílica de São Pedro, o Papa traçou o retrato do padre do futuro, que deve estar ao serviço de uma “Igreja aberta e em saída missionária”.
Francisco sublinhou que o seminário deve ser “uma escola de afetos”, num mundo marcado pelo “conflito e narcisismo”, desafiando os futuros padres a aprender a amar como Jesus. Apelou à promoção da maturidade emocional e relacional, sem máscaras nem hipocrisias, cultivando uma vida interior enraizada na escuta, no silêncio e na oração.
O Santo Padre pediu seminaristas atentos às vozes da cultura, aos desafios das redes sociais e da inteligência artificial, mas também sensíveis ao sofrimento dos mais frágeis. “Descer ao coração pode assustar, porque também nele há feridas. Mas é dessas feridas que nasce a capacidade de estar ao lado dos que sofrem”, afirmou.
Francisco exortou os seminaristas a serem “pessoas e sacerdotes felizes, pontes e não obstáculos ao encontro com Cristo”, vivendo com autenticidade, gratidão e alegria o dom da vocação. No final, percorreu a Basílica para cumprimentar os presentes e conceder-lhes a sua bênção.