Roma, 14 set 2025 (Ecclesia) – O Papa Leão XIV afirmou que “a perseguição aos cristãos ainda não acabou”, ao presidir em Roma a uma celebração ecuménica no âmbito do Jubileu, evocando mais de 1600 mártires e testemunhas da fé do século XXI.
Na homilia, na Basílica de São Paulo fora de muros, o pontífice sublinhou que muitos cristãos continuam a ser perseguidos, condenados e mortos pelo testemunho de fé, recordando figuras como a irmã Leonella Sgorbati, assassinada na Somália, a missionária Dorothy Stang, morta no Brasil, o padre caldeu Ragheed Ganni, no Iraque, ou o anglicano Francis Tofi, nas Ilhas Salomão. “São homens e mulheres, religiosos e leigos, que pagaram com a vida a fidelidade ao Evangelho e a defesa dos mais pobres”, destacou.
A celebração, realizada na festa da Exaltação da Santa Cruz, contou com representantes de 24 Igrejas e comunidades cristãs, que acenderam uma lâmpada junto ao altar após a leitura da história de mártires contemporâneos. O Papa evocou ainda o testemunho do jovem paquistanês Abish Masih, morto num atentado, que tinha escrito o desejo de “tornar o mundo um lugar melhor”.
Leão XIV apresentou estes testemunhos como símbolo de uma “esperança desarmada”, que não recorre à violência, mas se apoia na força do Evangelho. O pontífice afirmou que “o sangue dos mártires continua a ser semente de novos cristãos”, garantindo que a Igreja preservará a memória de todos os que deram a vida pela fé, em colaboração com outras confissões cristãs.
