Roma, 23 fev 2025 (Ecclesia) – Às vésperas do terceiro aniversário da invasão russa na Ucrânia, o Papa Francisco, internado no Hospital Gemelli com prognóstico reservado, enviou uma mensagem classificando a data como “uma efeméride dolorosa e vergonhosa para toda a humanidade”.
Da sua cama hospitalar, onde permanece há dez dias devido a problemas respiratórios, o pontífice reafirmou sua “proximidade ao martirizado povo ucraniano” e pediu orações pelas vítimas de todos os conflitos armados, mencionando especificamente “a Palestina, Israel, todo o Médio Oriente, Myanmar, o Kivu e o Sudão”.
Em novembro de 2024, ao se completarem mil dias do conflito, Francisco já havia declarado que “a guerra é sempre uma derrota” e apelado por “uma paz justa e duradoura”. Desde o início da invasão, em 24 de fevereiro de 2022, o Papa tem caracterizado a Ucrânia como “martirizada” e utilizado a diplomacia vaticana para mediar trocas de prisioneiros e o retorno de crianças ucranianas.
Na autobiografia “Spera” (Esperança), lançada em janeiro, Francisco reafirmou sua disposição para mediar o conflito e criticou interesses imperiais que “não podem ser postos à frente das vidas de centenas de milhares de pessoas”.