O Papa Francisco denunciou no Vaticano a exclusão de milhões de crianças da educação, classificando-a como um “genocídio cultural”. Na sessão plenária do Dicastério para a Cultura e a Educação, liderado pelo cardeal português D. José Tolentino Mendonça, o pontífice alertou que negar às crianças as condições para alcançarem o seu potencial é também uma forma de destruir culturas.
“Os genocídios culturais não se limitam à destruição de património. Privar as crianças do futuro é igualmente devastador”, afirmou. Apesar de o mundo registar o maior número de estudantes da história, Francisco destacou que cerca de 250 milhões de crianças e adolescentes continuam fora da escola, o que considera ser “um imperativo moral” corrigir.
O Papa apelou à criação de “novos poetas sociais” e criticou sistemas educativos orientados exclusivamente para resultados. Salientou ainda os desafios da revolução digital e da inteligência artificial, exortando as universidades a investigarem os seus impactos para assegurar uma transição ética e inclusiva.