O Papa Francisco fez história ao abrir uma porta santa do Jubileu 2025 na prisão de Rebibbia, em Roma, num gesto inédito que destacou a importância de manter as portas e os corações abertos. Na homilia proferida na capela da prisão, o Papa afirmou que “a esperança nunca desilude” e sublinhou a necessidade de um coração aberto para promover a fraternidade.
“Um coração fechado torna-se duro como pedra, esquece-se da ternura. Um coração aberto faz irmãos”, declarou. Francisco descreveu a esperança como uma âncora segura, mesmo quando a corda fere as mãos, encorajando todos a perseverar: “Nunca percam a esperança”.
Após bater seis vezes na porta santa, Francisco entrou na capela acompanhado por representantes da prisão e celebrou uma missa com cerca de 300 pessoas. A cerimónia contou com a participação ativa de reclusos, que formaram o coro, fizeram leituras e serviram o altar. No final, o Papa recebeu presentes feitos pelos reclusos, incluindo uma peça do projeto ‘Metamorphosis’, que transforma madeira de barcaças de migrantes.
Francisco doou uma réplica da Porta Santa da Basílica do Vaticano à prisão e visitou o presépio feito pelos reclusos. Durante o seu pontificado, já visitou 15 prisões, reforçando a proximidade com os marginalizados.