Leão XIV presidiu este domingo, na Praça de São Pedro, à Missa de encerramento do Jubileu do Mundo Missionário e dos Migrantes, apelando ao fim da indiferença e do preconceito contra quem chega de longe. “Os barcos que esperam avistar um porto seguro e os olhos cheios de angústia e esperança não podem e não devem encontrar a frieza da indiferença ou o estigma da discriminação”, afirmou o Papa.
Durante a homilia, perante milhares de peregrinos reunidos no Vaticano, o Pontífice sublinhou que “hoje se abre na história da Igreja uma nova era missionária”, em que “as fronteiras da missão já não são geográficas”, uma vez que “a pobreza, o sofrimento e o desejo de uma esperança maior são eles que vêm ao nosso encontro”.
Leão XIV sustentou que é necessário anunciar Cristo “através do acolhimento, da compaixão e da solidariedade”, desafiando os católicos do Ocidente a “ficar para olhar nos olhos aqueles que chegam de terras distantes e martirizadas” e a “acolhê-los como irmãos”.
O Papa elogiou os missionários e crentes que trabalham ao serviço dos migrantes para “promover uma nova cultura de fraternidade, ultrapassando estereótipos e preconceitos”. Aos migrantes, deixou uma mensagem de esperança: “Sejam sempre bem-vindos! Desejo que encontrem o rosto de Deus nos missionários que conhecerem.”
A celebração jubilar, convocada por Francisco e presidida por Leão XIV, reuniu 10 mil peregrinos de cerca de 95 países, incluindo representantes portugueses da Fundação Fé e Cooperação e da Obra Católica Portuguesa das Migrações.