Papa alerta para o uso da fé como instrumento de exclusão

O Papa Leão XIV alertou este domingo, no Vaticano, para o risco de “instrumentalizar a fé” ao serviço de discursos que geram exclusão e discriminação. A advertência foi feita durante a Missa conclusiva do Jubileu da Espiritualidade Mariana, que reuniu dezenas de milhares de peregrinos de cerca de cem países e contou com a presença da imagem de Nossa Senhora de Fátima, vinda da Capelinha das Aparições a pedido do pontífice.

“Tenhamos cuidado com toda a instrumentalização da fé, que faz correr o risco de transformar os que são diferentes, muitas vezes os pobres, em inimigos, em ‘leprosos’ a evitar e rejeitar”, afirmou o Papa, na homilia. Sublinhou que existem formas de culto que “não ligam aos outros e anestesiam o coração”, impedindo o verdadeiro encontro com quem Deus coloca no caminho.

Leão XIV pediu que o domingo, “dia do Senhor”, seja um tempo capaz de renovar a fé e a vida em comunidade: “É preciso que o domingo nos faça cristãos, enchendo o nosso sentir e o nosso pensar com a memória incandescente de Jesus.” O Papa acrescentou que toda a espiritualidade cristã brota deste “fogo interior”, chamado a transformar o mundo.

A espiritualidade mariana, observou, manifesta-se na simplicidade e no serviço: “Ela compromete-nos a saciar os famintos, a exaltar os humildes e a confiar no poder do braço de Deus.” Leão XIV recordou ainda que Jesus “não usa armaduras, mas nasce e morre nu”, sinal de um amor totalmente gratuito.

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