O Papa Francisco denunciou, numa carta divulgada pelo Vaticano, as tentativas de “apagamento do passado” e a criação de narrativas históricas “tendenciosas”. O documento sublinha a urgência de uma consciência histórica sólida, alertando para a disseminação de memórias falsas e a falta de ligação ao passado, tanto na sociedade como nas comunidades cristãs.
O texto destaca a importância de uma formação que desenvolva nos jovens teólogos e agentes pastorais uma “sensibilidade histórica” verdadeira. Francisco sublinha que esta capacidade ajuda a compreender a realidade sem abstrações e a evitar simplificações perigosas ou releituras oportunistas. O Papa rejeita abordagens triunfalistas ou apologéticas da história da Igreja, defendendo um estudo que reflita os erros e aprendizados da instituição ao longo dos séculos.
A carta menciona momentos como o Holocausto e o comércio de escravos, propondo que o conhecimento histórico seja um caminho para reconciliação e paz social. Por fim, Francisco apela a um estudo autêntico, alertando contra leituras superficiais ou resumos simplistas disponíveis na internet.