Na recoleção espiritual, no dia 3 de maio, por videoconferência, a Irmã Sandra Bartolomeu convidou os padres da Diocese de Leiria-Fátima a encherem as suas vasilhas de silêncio, na oração, e a tornarem-se “cuidadores compassivos e atentos da dignidade de cada ser, dos frágeis, dos débeis, guardiões do silêncio e da terra sagrada do outro”.
Na sua meditação, a religiosa, Serva de Nossa Senhora de Fátima, centrou-se no episódio evangélico das bodas de Caná (ver Jo 2, 1-11). Começou por evocar a iniciativa de Deus que vem ao encontro dos homens, de cada pessoa. Fez referência aos “tempos duros da pandemia que vivemos” e às ausências e vazios que experimentamos, pondo a “descoberto a nossa sede, a nossa secura, a nossa incompletude”. Neste contexto, nas palavras de Jesus aos serventes para encherem as vasilhas de água, podemos escutar o convite dirigido a nós para enchermos a nossas vasilhas de silêncio. “O silêncio, disse a Irmã Sandra, torna possível que nos abramos ao olhar de Deus. O silêncio faz do vazio uma caixa de ressonância, em que a escuta nos leva a reconhecer a voz do amado, jazente no lugar mais profundo de nós mesmos. E o amado sempre e só tem uma Palavra de amor para nos dirigir: é a Palavra da Páscoa, que com a sua luz e a força da graça, traz o perdão e a esperança que recriam a vida, que permite recomeçar sempre.”
Este exercício espiritual começou com a oração litúrgica da Hora Intermédia. Seguiu-se a meditação, um tempo prolongado de silêncio para a interiorização, escuta e oração pessoal, e a partilha uns com os outros do que cada um encontrou e saboreou.
D. António Marto, que também participou, saudou os sacerdotes e fez referência à maratona de oração do rosário pelo fim da pandemia promovida pelo Papa Francisco. Convidou a participar nela e a fazer a oração da avé-Maria pela resolução da dramática situação política de Myanmar, como também pede o Santo Padre.