Depois de cinco anos a pastorear a paróquia da Barreira, chegou a altura de a “avis rara”, padre Bertolino Vieira, se despedir, deixando um lastro de saudade com gratas recordações.
É sacerdote há 30 anos, caracterizado pela amizade, humildade, resiliência e proximidade nas alturas menos fáceis. É uma pessoa luminosa, inflamada pelo Espírito Santo nas suas homilias que, longe de entediar os fiéis, apresenta um discurso incisivo e clarividente. Cordial no trato com o próximo, é um jovem que deixa um travo de alguma pena pela separação.
Mas a lei canónica é implacável, e os padres fazem lembrar os futebolistas: ao fim de alguns anos, as transferências de paróquia/clube são inevitáveis. Por vezes, é necessário semear sem colher e lançar o arado sem olhar para trás.
Nasceu em julho de 1969 e foi ordenado em fevereiro de 1994. Entre outras funções, depois da estadia nas paróquias de Caxarias e Olival (Ourém), esteve na Barreira e Cortes durante cinco anos, e agora chegou o momento de enfrentar um novo desafio.
Que o orago da Barreira, o Santíssimo Salvador, abençoe a nova aventura do seu prior e que a passagem de testemunho permita a chegada de um novo pastor tão talentoso como o já saudoso padre Bertolino. Desapegado de tudo e de todos, um sacerdote vê na obediência ao seu bispo a fidelidade ao mestre dos mestres.
Vai ser reorganizado o desenho das paróquias da Vigararia de Leiria… Que o padre Bertolino assuma aí um lugar de acordo com a sua generosa disponibilidade.
Não se pode agradar a todos nem ser intocável, mas o balanço aponta para um saldo bem positivo.