A arte de educar e de ensinar é uma das mais belas e das mais nobres que existe. Através da educação e do ensino, as crianças, jovens e adultos são conduzidos ao maravilhoso mundo do saber e do conhecimento.
É interessante saber que educação deriva do étimo latino “conduzir para fora”. Os educandos são conduzidos pelos educadores (condutores) para o mundo das ciências e das letras, onde através dos métodos científicos e pedagógicos aprendem os conhecimentos da Humanidade.
O professor é “aquele que declara em público” o que sabe, para que outros o saibam. Também é chamado de docente ou doutor, ou seja, “aquele que ensina”. Eles exercem uma das mais belas profissões, pois, sem ela, todas as outras dificilmente existiriam.
O mês de outubro marca o arranque em pleno do ano letivo e assinala no dia 5 o Dia Mundial dos Professores. Esta data completa, neste ano, 30 anos (1994-2024) desde a sua proclamação pela UNESCO como data a assinalar. Outra realidade, não menos importante, porque envolve dezenas de milhares de pessoas nas comunidades cristãs, é o início das atividades da catequese, dos grupos de escuteiros e de animação juvenil.
O mundo da educação merece a nossa atenção, o nosso investimento e a nossa defesa. Sem as instituições de ensino, seja de que âmbito forem, os valores e os conhecimentos serão transmitidos e adquiridos com muita dificuldade.
O papa Francisco alertou, há pouco tempo, através de uma carta sobre o papel da literatura na educação, reforçando que “Ao contrário dos meios audiovisuais, onde o produto é mais completo, e a margem e o tempo para ‘enriquecer’ a narrativa ou para a interpretar são geralmente reduzidos, o leitor é muito mais ativo quando lê um livro. De certo modo, reescreve-o, amplia-o com a sua imaginação, cria um mundo, usa as suas capacidades, a sua memória, os seus sonhos, a sua própria história cheia de dramatismo e simbolismo; e assim surge uma obra muito diferente daquela que o autor pretendia escrever. Uma obra literária é, portanto, um texto vivo e sempre fértil, capaz de falar de novo e de muitas maneiras, capaz de produzir uma síntese original com cada leitor que encontra. Este, enquanto lê, enriquece-se com o que recebe do autor, mas isso permite-lhe, ao mesmo tempo, fazer desabrochar a riqueza da sua própria pessoa, pois cada nova obra que lê renova e expande o seu universo pessoal.”
No nosso país, a exemplo de outras nações europeias, estão a tomar-se medidas legislativas de controlo dos telemóveis em ambiente escolar e o regresso dos manuais em papel, desacelerando a digitalização dos livros escolares. Há especialistas que defendem o regresso da escrita à mão e da caligrafia, assim como da clássica trilogia escolar “ler, escrever e contar”.
Ler um livro é encontrar um amigo com quem se pode realizar uma maravilhosa aventura. Deixemo-nos conduzir neste mundo do conhecimento e do saber.