A 20 minutos das 21h00, já com a última vela acesa e a última corda da guitarra afinada, carregámos no play da música de Taizé que serviria para acolher todos os que viriam rezar connosco e abrimos as portas daquele que seria dentro de momentos o Encontro de Oração dos jovens da vigararia das Colmeias com o bispo D. António Marto.
No meio das vozes daqueles que já entravam, uma despertou a atenção de um de nós, que exclamou: “Ele já chegou!”, como se de um amigo se tratasse. Apressamo-nos em direção à porta para receber o D. António, que nos cumprimentou com a sua característica alegria.
À medida que entravam, jovens e adultos sentavam-se e serenavam nas mantas, almofadas e cadeiras espalhadas pela sala. À hora marcada iniciava-se mais um Encontro Vicarial de Oração, ao som dos tons suaves e calmos que ensaiámos para aquele serão.
Já com o Espírito Santo a arder nos nossos corações, com foco no Ícone do Abraço, e após a leitura do livro do Apocalipse de São João que acompanha todos estes Encontros de Oração e que nos convida ao abraço de Jesus Cristo, foi tempo de ouvir as palavras que o D. António tinha para nós. Resumido em três frases chave, “Não tenhas medo!”, “Quando o coração não arde, os pés não andam.” e “Pára. Escuta. Olha. E avança.”, o seu discurso tratava-se de um incentivo à confiança. A confiança que temos de ter em nós próprios, em Deus e naquilo que Ele tem preparado para nós; Sabendo que cada um tem para si uma missão e que se estivermos atentos, conseguimos escutar o que Ele nos diz através do que nos rodeia, mas sem esperar que seja tão simples como receber uma mensagem no WhatsApp.
Ao D. António, seguiu-se a entrega dos nossos medos e inquietações a Deus, através das cartas previamente escritas em encontros de preparação realizados em cada paróquia. Essas cartas, fechadas na caixa transparente que acompanha o Ícone e o senhor Bispo em todos os Encontros Vicariais, trazem as intenções de cada jovem da diocese e tivemos oportunidade de rezar por todas elas ali, através das palavras “Abraça, Senhor, a nossa vida que é tua”.
Terminada a oração com um Pai Nosso e uma Avé Maria, e com o coração a arder, seguiu-se um pequeno convívio para aquecer também o estômago, com chá, café da avó e bolos caseiros. Daquela sala, acabaram por sair todos, mas nos corações ficou a vontade de repetir uma e outra vez aquele Encontro com Deus através do D. António.
Foto: Alexandre Santos