Nuno, construtor de liberdades

Depois da inauguração da exposição colectiva “Nuno, o homem e o santo”, patente ao público no auditório cultural dos Paços do Concelho de Ourém, teremos, no próximo domingo, dia 4 de Agosto, pelas 17h00, no âmbito das festas da Paróquia de Nossa Senhora da Piedade, a estreia da encenação “Nuno, construtor de liberdades”, pelo grupo de teatro Apollo

O evento começa na Avenida com o seu nome (junto ao edifício Ómega) e termina na Igreja Paroquial. Pretende-se evocar a relação de Nuno Álvares Pereira com Ourém (por aqui passou e pernoitou a caminho da batalha de Aljubarrota; depois da vitória, aqui regressou para agradecer a Santa Maria e tomar posse do Candado; aqui terá sido informado da morte do seu irmão Pedro, que combatia pelos castelhanos…) e dar a conhecer o génio e a santidade de um homem cuja vida foi uma invenção permanente de caminhos de liberdade para a Pátria e para si mesmo, com ousadia, desprendimento e entrega total ao serviço do bem comum, em especial, dos mais necessitados.

Ultrapassando saudosismos estéreis e olhando, com realismo e esperança, o tempo que nos é dado viver, pedimos a artistas plásticos e cénicos de Ourém que trouxessem para o diálogo social, cultural e espiritual a pessoa e obra do Santo Condestável, figura incontornável da nossa história cuja vida pode muito bem ser fonte de inspiração para o tempo presente. Sendo filho do seu tempo – e como tal deve ser entendido –, há nele, no entanto, valores da maior importância para os nossos dias.

Precisamos de figuras assim! Homens e mulheres capazes de despertar confiança e dinamismo na sociedade, que ajudem a vencer as crises. Do seu estilo de vida, conforme salienta a Nota Pastoral da Conferência Episcopal, aquando da sua canonização, valorizamos os seguintes aspectos:  

– Nuno Álvares Pereira foi um homem de Estado, que soube colocar os interesses da Nação acima das suas conveniências, pretensões ou carreira. Fez da sua vida uma missão, correndo todos os riscos inerentes à sua decisão; 

– Em tempos de grave crise nacional, optou corajosamente por ser parte da solução e, numa entrega sem limites, enfrentou, com esperança e determinação, os enormes desafios sociais e políticos de então; 

– Coroado de glória pelas vitórias alcançadas, senhor de imensas terras, despojou-se dos seus bens e optou pela radicalidade do seguimento de Cristo, fazendo-se irmão e porteiro no Convento do Carmo, que construíra, em Lisboa; 

– Não se valeu dos seus títulos de nobreza, prestígio e riqueza, para viver num clima de luxos e grandezas, mas optou por servir os pobres do seu tempo. 

Hoje, vivemos uma crise global que tem origem no vazio de valores. O esbanjamento, a corrupção, a ganância, a busca imparável de bem-estar material, o relativismo que facilita o uso de todos os meios para servir interesses individuais e/ou de grupo, geram um quadro de angústia e revolta, de injustiça e pobreza que ameaça as bases organizativas da nossa sociedade. 

Neste contexto, o testemunho de São Nuno constitui um forte incentivo para a mudança e promoção de estilos de vida mais sóbrios e solidários, e de iniciativas de partilha de bens. Valorizar a sua pessoa e obra, significa acolher o apelo ao exercício de uma cidadania responsável e participativa, lutando pela dignificação da vida política, como expressão maior de serviço ao bem comum. Assim seremos parte activa na construção de uma sociedade mais justa e mais fraterna que todos desejamos.

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