A partir da Assembleia Diocesana, iniciou-se o novo ano pastoral, para o qual todas as paróquias são convidadas a apresentar os seus projetos, a fim de os paroquianos poderem participar ativamente na vida da comunidade.
Este novo ano traz alterações. Nos primeiros tempos em modo experimental, mas depois de bem trabalhadas e alicerçadas, são aquelas que vão servir, guiar e animar a vida pastoral das comunidades e de todos os batizados.
O resultado da reflexão feita nos grupos sinodais é que a Igreja necessita de ser renovada, onde todos possam entrar e participar, uma Igreja mais atual e que possa responder aos desafios de hoje sem perder a sua origem, definição e identidade.
Estamos em tempo de mudança, renovação de paradigmas, mas como diz o nosso Bispo, D. José Ornelas, “podemos mudar tudo, mas se não mudarmos a nossa mentalidade pouco vai mudar”. É este o desafio que é colocado às comunidades. Onde estamos e para onde queremos ir?
A mudança faz-se sem pressas e sem queimar etapas, mas tem que haver cristãos conscientes e de mente aberta para servir e que se possam disponibilizar para adquirir por etapas uma formação sólida e constante.
O Papa Francisco tem falado muito sobre os ministérios laicais como uma forma de evangelização no mundo atual, ou seja, para uma igreja em saída, diz ele: “Os ministérios são expressão da única missão da Igreja, e formas de serviço aos outros.”
São eles o ministério do catequista, acólito, leitor, ministro das exéquias e das celebrações dominicais sem padre, ou o diaconado permanente. Temas identificados à luz da caminhada sinodal e que foram refletidos na Assembleia Diocesana, os quais são os mais pertinentes para a transformação pastoral da diocese. Todos eles já existem e estão ao serviço da Igreja, mas tem que haver mudança de mentalidade na sua prática.
A paróquia dos Marrazes, devido à sua zona geográfica, por estar às portas da cidade, e à multiculturalidade dos seus habitantes, é uma das paróquias que exige uma maior atenção e uma maior preparação dos seus responsáveis para responder aos anseios e necessidades dos seus paroquianos.
Nesta zona, estão radicadas várias igrejas e também uma mesquita, frequentadas em grande número por habitantes que escolheram viver as suas vidas nesta zona periférica da cidade, onde trabalham e convivem com os naturais dos Marrazes. Logo, é necessária uma preparação e um espírito aberto para aceitar, respeitar e, se possível, criar pontes de entendimento.
Os Marrazes foram sempre uma paróquia onde se fizeram inúmeras inovações pastorais e sempre foram bem aceites e acolhidas, as quais deram um resultado positivo, beneficiando assim a comunidade.
Estamos todos com muitas expectativas e interrogações, o que é natural em processos de renovação, mas também sabemos que a seara não é nossa, por isso temos de confiar no Dono da seara, porque só Ele sabe quem chamar e escolher, para que a Sua seara produza em abundância e em qualidade.
Que todos tenhamos a consciência de que, “Pelo batismo somos Igreja Viva e Peregrina”.