A edição deste mês do Jornal da Cortes publica uma entrevista ao padre Rui Ribeiro, responsável desta paróquia desde 2001 e que agora vai “trocar” funções com o padre Augusto Gonçalves, até agora pároco dos Marrazes.
Na “hora da despedida”, o padre Rui prefere o balanço “qualitativo” ao “quantitativo” e, deixando de lado os “números, obras, gastos e proveitos”, aponta “as vivências, as experiências e os sentimentos que fomos experimentando” ao longo destes 15 anos”. Embora seja “um campo difícil de traduzir e expressar”, pois “nunca conseguiremos perceber a intensidade dos sentimentos vividos por alguém”, adianta que “o meu balanço neste campo é muito, muito positivo”. E concretiza: “conheci pessoas, convivi, rezei, celebrei, também me enervei, chorei e por vezes até evitei, e a intensidade desses encontros e desencontros é tal que obviamente faço deles uma avaliação muito positiva. Aprendi muito com estas vivências. Senti-me em família, gostei, por isso, de estar aqui, onde me senti como em casa.”
Quanto a objetivos cumpridos, “foram atingidos plenamente; aliás, já há alguns anos que foram alcançados”, pelo que “a mudança poderia ter-se dado já há mais tempo”.
Em resposta às lembranças que leva, o padre Rui insiste nas “vivências”, no trabalho que “não se vê” e “é feito nestes contactos e presenças nos momentos significativos na vida das pessoas”.
Quanto ao pároco que chega, “é um bom padre, um excelente amigo e um bom homem” e “mesmo que tenha mais idade do que eu, isso não se nota, porque tem um espírito jovem, (…) tem mais experiência, menos vícios e vem com entusiasmo”, sendo “uma mais-valia para a paróquia”. Na passagem de testemunho, deixa-lhe infraestruturas consolidadas e o desafio de “organizar os serviços pastorais, renovar as pessoas e tratar dos aspectos litúrgicos”.
