No dia 15 de julho de 2021, na Casa Diocesana do Clero, em Fátima, onde residia, faleceu o padre Martinho Manuel Vieira, de 90 anos, acompanhado pela sua irmã e pelas funcionárias da instituição. A celebração exequial, presidida pelo Cardeal D. António Marto, teve lugar, hoje, 16 de julho, na igreja de Santa Catarina da Serra. O sacerdote foi sepultado no cemitério local.
Martinho Manuel Vieira nasceu a 2.01.1931, em Santa Catarina da Serra, concelho de Leiria, filho de António Vieira dos Santos e de Sancha de Jesus Pereira. Entrou para o Seminário de Leiria em 1944, terminando o curso de teologia no ano de 1955. Foi ordenado Presbítero a 10.07.1955, na Catedral de Leiria.
No seu longo percurso de serviço pastoral ao povo de Deus como sacerdote, foi coadjuntor de Ourém-Nossa Senhora das Misericórdias (1955) e depois pároco interino (1957). De 1960 a 1975, exerceu o múnus de pároco da Barreira, tendo igualmente assumido temporariamente a paroquialidade das Cortes (1966-1967). Em 1975, foi nomeado pároco das Colmeias, onde permaneceu até 2003. Entretanto, desde 1993, acumulara também o serviço paroquial da Memória que se prolongou até 2011. Neste ano, deixou de ser pároco e passou a colaborar com o seu sucessor como vigário paroquial e depois capelão das Colmeias e da Memória, enquanto a saúde lhe permitiu. Entretanto, com a saúde já abalada, foi residir com a sua irmã para a Casa Diocesana do Clero, onde veio a falecer.
O Padre Martinho foi um dedicado e generoso pastor da Igreja de Leiria-Fátima, tendo conquistado a estima e admiração quer das pessoas a quem servia como sacerdote quer dos colegas, de quem era amigo leal. Foi muito reto e zeloso nas suas obrigações de pároco. Era um bom ouvinte e conselheiro, pelo que muitos o procuravam para lhe expor os seus problemas e pedir ajuda. Na ação pastoral, procurou desenvolver a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, implementou movimentos como os Cursos de Cristandade, a catequese e grupos de jovens. Acolheu e orientou vários seminaristas em estágio pastoral.
Também a melhoria e renovação dos lugares de culto e da residência paroquial da Memória mereceram o sem empenho.
Uma especial palavra de gratidão merece a sua irmã Conceição, que o acompanhou e auxiliou com grande dedicação quer no serviço doméstico quer na ação pastoral, nomeadamente na catequese. O nosso reconhecimento vai também para a Casa do Clero, que o recebeu e dele cuidou com grande diligência, competência e carinho nesta fase final a sua vida.
Damos graças a Deus por este seu ministro e imploramos o dom de novas vocações sacerdotais para o serviço pastoral do seu povo e a ajuda espiritual aos irmãos em humanidade.
