Isabel Figueiredo, diretora do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais da Igreja Católica, destacou a importância de moderar a linguagem como parte do serviço à verdade. Em entrevista à Agência ECCLESIA, a responsável alertou para a “agressividade” crescente, sobretudo nas redes sociais, e sublinhou que “não se serve melhor a verdade sendo agressivo”, mas procurando palavras que transmitam moderação.
A dirigente reconhece “um enorme trabalho a ser feito”, também no âmbito da comunicação da Igreja, sobretudo com os mais jovens, para fomentar discernimento no consumo das plataformas digitais. “Precisamos de baixar essa onda de violência em que os próprios católicos muitas vezes caem”, afirmou, lembrando que a missão da Igreja passa também por continuar a falar de esperança ao mundo.
As Jornadas Nacionais de Comunicação Social, promovidas pelo Secretariado Nacional, decorrem a 25 e 26 de setembro no Seminário de Coimbra, com o tema Comunicar sem corantes nem conservantes. Para Isabel Figueiredo, trata-se de um apelo a valorizar a verdade de forma íntegra, sem artifícios, numa construção diária.
Recordando as palavras do Papa Francisco – que pede aos comunicadores para “gastarem a sola dos sapatos” e ouvirem com o coração – a diretora do SNCS sublinha a necessidade de equilibrar a denúncia do que está errado com o anúncio do que é positivo. As jornadas, acrescenta, são também ocasião para valorizar o trabalho dos órgãos de comunicação locais, muitas vezes pouco reconhecidos.