O padre Andrea Ciucci, da Pontifícia Academia para a Vida, alertou que a Igreja corre o risco de se tornar “uma agência que fala do passado”, caso não enfrente os desafios da transição digital. A reflexão foi apresentada nas Jornadas de Teologia 2025, na Universidade Católica Portuguesa, no Porto.
Na conferência “O que é que a transição digital pede à Igreja?”, o sacerdote sublinhou que a inteligência artificial impõe um novo olhar sobre o futuro e advertiu contra a tentação de se refugiar em posições fixas. Apontou o medo da investigação científica como um problema recorrente na história da Igreja, que, quando receia, “retrai-se, condena, nega, queima”.
Destacou ainda a necessidade de valorizar o corpo humano na era digital, sublinhando que o cristianismo é “a religião dos corpos”. Para o futuro, defendeu comunidades em rede, a força das narrativas e o papel dos influenciadores no testemunho cristão.