A nova igreja da Quinta do Alçada, na paróquia dos Marrazes, foi hoje (22.02015) dedicada aos Pastorinhos, beatos Francisco e Jacinta Marto, numa celebração presidida por D. António Marto e participada por mais de meio milhar de fiéis daquela comunidade.
O novo templo começou a ser construído há quase dez anos e tem como objetivo primordial “ajudar a constituir e intensificar uma comunidade que é heterogénea”.
“Hoje, esta comunidade está em festa com a concretização de um sonho de há muitos anos”, dizia o padre Augusto Gonçalves, pároco dos Marrazes no início da celebração de dedicação da nova igreja da Quinta do Alçada aos Pastorinhos de Fátima. Dois dias após a festa litúrgica dos beatos Francisco e Jacinta Marto e decorridos quase dez anos desde a bênção da primeira pedra, aquela comunidade da paróquia dos Marrazes via assim concretizado um projeto de longa data. As palavras do pároco pareciam transmitir o ambiente de festa vivido pelos mais de 500 fiéis que ali se reuniram.
Numa celebração rica de “palavras e de símbolos que ajudam a compreender e interiorizar o significado do valor profundo da dedicação da igreja”, D. António Marto sublinhou a fé, a ousadia e o contributo de todos os que tornaram possível a concretização daquele projeto. O resultado, é uma “igreja acolhedora, funcional, bela, visível e atrativa, dedicada aos Pastorinhos, que através do seu exemplo, nos interpelam, constantemente, ao encanto, ao gosto e ao gozo de Deus na nossa vida”, referiu, na homilia, o Bispo diocesano.
A dedicação aos Pastorinhos
A nova igreja é a primeira da Diocese a ser dedicada aos Pastorinhos de Fátima. A proposta foi lançada pelo Santuário de Fátima e pela Postulação do Francisco e da Jacinta Marto e “teve um acolhimento consensual na comunidade”, garantiu ao Presente Leiri-Fátima o padre Augusto Gonçalves. O sacerdote salientou a devoção daquela comunidade a Nossa Senhora de Fátima, padroeira da capela que ali existia.
“A Diocese de Leiria-Fátima, de onde são naturais os beatos, ainda não tinha nenhuma igreja paroquial a eles dedicada. Com a construção desta nova igreja, pareceu-nos oportuna esta dedicação”, referiu ao PRESENTE a postuladora da causa de canonização de Francisco e Jacinta Marto, irmã Ângela de Fátima Coelho, sublinhando os “traços de santidade” dos Pastorinhos, enquanto fonte inspiradora para aquela comunidade.
Em declarações ao nosso jornal, o reitor do Santuário de Fátima, padre Carlos Cabecinhas perspetivou esta dedicação como sinal do crescimento da devoção de “duas figuras incontornáveis na vivência de santidade da própria Diocese” e realçou o desafio que acarreta a escolha dos Pastorinhos como titulares da nova igreja, ao “assumir a própria Mensagem de Fátima como um compromisso para aquela comunidade cristã”.
“Um esforço titânico”
Raul Castro, presidente da Câmara de Leiria esteve presente na celebração e elogiou o “esforço titânico” de toda a comunidade para a construção de uma “obra extraordinária que já se justificava há muito”.
Para além da nova igreja dos Pastorinhos, aquele complexo pastoral alberga também uma capela para missas feriais, uma casa mortuária, oito salas de catequese, três salas para reuniões, um cartório, três salas polivalentes e um auditório.
No final da celebração, um responsável da comissão da igreja apresentou as contas da obra agora concluída. No total, foram gastos um milhão e setecentos mil euros, faltando ainda pagar cerca de um milhão e dez mil euros.
A edificação da comunidade de fé
Rodeada pelos prédios altos da Quinta do Alçada, numa clareira cingida por um espaço pavimentado em calçada portuguesa, ergue-se agora a nova igreja dos Pastorinhos, beatos Francisco e Jacinta Marto. “O objetivo primordial é ajudar a constituir e intensificar uma comunidade que é heterogénea, aproximando-nos naquilo que temos em comum”, refere o padre Augusto Gonçalves, pároco dos Marrazes. Com os seus 450 lugares sentados, a igreja dos Pastorinhos passa a ser uma das maiores igrejas da vigararia, uma boa resposta para uma zona urbanística envolvente que continua a crescer, composta por uma população de várias origens, sublinha o pároco. “O grande desafio é irmos ao encontro de todos.”
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