Grupo do Apostolado de Oração em peregrinação ao Santuário de Vera Cruz

Do programa constou a celebração da Santa Missa, presidida pelo padre Manuel Pedro, que actualmente é o director diocesano do Apostolado da Oração.

No dia 9 de julho, o Apostolado da Oração ou Rede Mundial de Oração pelo Papa, da diocese de Leiria-Fátima, realizou uma vez mais a sua peregrinação anual que esteve interrompida por dois anos devido à pandemia. Este ano, contámos com a participação de 200 fiéis, que foram transportados em quatro autocarros e rumou-se até ao Baixo Alentejo, mais concretamente ao Santuário de Vera Cruz, no qual, segundo a tradição, se guarda uma importante relíquia do Santo Lenho, ou seja, uma parcela da cruz na qual Jesus Cristo foi crucificado. Esta relíquia foi provavelmente foi recolhida na Batalha do Salado, que foi travada a 30 de Outubro de 1340, entre cristãos e mouros, junto da ribeira do Salado, na província de Cádis, no sul de Espanha. 

Do programa constou a celebração da Santa Missa, presidida pelo padre Manuel Pedro, que actualmente é o director diocesano do Apostolado da Oração. Na homilia, o sacerdote, aproveitou o momento para fazer uma breve resenha histórica sobre o templo em que nos encontrávamos, bem como, para apresentar alguns traços da chamada teologia da Cruz.  

De acordo com a revelação divina, por uma árvore, a árvore do paraíso, que nos fala o primeiro livro da Bíblia, o Génesis, veio a corrupção e por outra árvore, ou seja a Cruz, veio a salvação e a redenção. Isto é verdadeiramente admirável; isto manifesta a sabedoria de Deus. Na verdade, toda a Bíblia converge para Cristo. S. Paulo, diz: “a Cruz é poder e sabedoria de Deus”. S. Tomás de Aquino refere que a Cruz é uma verdadeira universidade. Se queremos falar das principais virtudes cristãs, encontramo-las na Cruz, por exemplo: a obediência, a humildade, a caridade. 

Para sermos santos, (e pelo baptismo todos somos chamados à santidade) é preciso a graça de Deus e o amor à cruz. O amor à cruz passa pela coragem, valentia e generosidade, com que enfrentamos os trabalhos, as provações e as contrariedades do dia-a-dia. Só assim podemos adquirir a força, a virtude de Cristo. Sem amarmos a cruz, não podemos vencer as tentações, e fazer actuar em nós a força redentora de Cristo. Pois a redenção continua, agora no Corpo Místico de Cristo, como afirma S. Paulo na carta aos Colossenses: “completo na minha carne, o que falta aos sofrimentos de Cristo pelo seu Corpo, que é a Igreja”. (Col 1, 24) 

Hoje, devido ao ambiente reinante de um novo paganismo, muitos têm vergonha da cruz de Cristo. Tiram-na das casas, consciente ou inconscientemente, substituindo-a por imagens de ídolos.  

A Cruz é uma escola, que nos ensina, que a nossa vida cristã, há-de estar marcada pela dimensão horizontal e vertical, é um sinal positivo, sinal de vitória; lembra-nos que ninguém nos ama mais que Nosso Senhor Jesus Cristo. Pela Cruz, Jesus com os seus méritos, apagou as penas da humanidade, reparou as nossas culpas, triunfou do Inferno, abriu as portas do Céu, deu-nos a possibilidade de sermos seus filhos. Em Cristo podemos participar da sua divindade e gozarmos da sua paz e reconciliação, como afirma S. Paulo: “Aprouve a Deus que n’Ele residisse toda a plenitude e por Ele fossem reconciliadas consigo todas as coisas, estabelecendo a paz, pelo sangue da sua cruz, com todas as criaturas na terra e nos céus”.  

Sabemos, por outro lado, que a Lei de Deus se resume, como ouvíamos no Santo Evangelho, em «Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração e com toda a tua alma, com todas as tuas forças e com todo o teu entendimento; e ao próximo como a ti mesmo». Foi de facto na Cruz, que Nosso Senhor Jesus Cristo manifestou a plenitude do Seu amor, quer a Deus Pai, quer ao próximo. 

Este acontecimento da morte de Jesus, não ficou perdido do tempo, mas actualiza-se na Santa Missa. «A santa Missa ou a Eucaristia é um milagre contínuo, em nada inferior ao milagre da Criação do Universo, da Redenção, em nada inferior a todos os milagres realizados no tempo, antes e depois da vinda do Senhor Jesus, fonte perpétua colocada no mundo para que os homens, no seu breve caminhar na Terra, se possam aproximar da Fonte de Vida e alimentar-se dessa Vida, como os Hebreus no deserto se alimentaram do maná, que o Pai fazia cair sobre o árido e estéril deserto, para que eles não se tornassem presa da morte. Quem come deste Pão terá a Vida e não morrerá eternamente, mas quem, deliberadamente, não O come, e quem O come indignamente, perecerá eternamente. 

O Amor que levou Nosso Senhor à Cruz é o mesmo Amor que O tem prisioneiro no Mistério Eucarístico; o seu Amor pelos homens é infinito e ultrapassa de longe a maldade e a ingratidão humanas.  

– Os motivos de credibilidade deste grande Mistério não faltam; mais, não só não faltam como abundam, lembremos tantos milagres eucarísticos ao longo da história da Igreja, por exemplo na Itália: Lanciano, Orvieto, Ferrara, Offida, Siena (duas vezes) e Turim. E até em Portugal, concretamente em Santarém. 

No fim da celebração da Santa Missa, o padre Manuel e seguindo a tradição, deu a bênção com o Santo Lenho. 

Posteriormente, dirigimo-nos para o centro da vila de Portel, onde almoçámos ao ar livre, num parque, muito aprazível. 

Da parte da tarde, e isto mais a nível cultural, visitámos a barragem do Alqueva, o maior lago artificial da Europa. 

Não obstante o calor, foi um dia bem passado, que certamente possibilitou uma boa confraternização e um maior enriquecimento espiritual, que brotam certamente e de modo contínuo do Sagrado Coração de Jesus.     

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