Lisboa, 7 jan 2025 (Ecclesia) – A Federação Portuguesa Pela Vida (FPV) expressou “firme oposição” aos projetos de lei que pretendem alargar o prazo legal para a prática do aborto para 12 ou 14 semanas. A organização considera que estas alterações representam um “retrocesso civilizacional” e apelam à sociedade e aos decisores políticos para rejeitarem as propostas.
Em comunicado, a FPV critica o pressuposto de que todas as mulheres que abortam estão plenamente informadas e conscientes, salientando que, na prática, muitas enfrentam pressões externas ou desinformação. A Federação defende um reforço das políticas de apoio às mulheres grávidas, como apoios financeiros, programas de acolhimento e processos de adoção mais ágeis.
A proposta do Partido Socialista pretende alargar o prazo para 12 semanas, enquanto o Bloco de Esquerda propõe 14 semanas e o fim dos três dias de reflexão obrigatórios. A FPV alerta para a violação da objeção de consciência dos médicos, classificando esta medida como um “grave dilema ético”.
Desde 2007, contabilizam-se mais de 250 mil abortos em Portugal, refere a Federação, que denuncia uma “grave crise demográfica” no país. Para reforçar o seu apelo, a FPV criou um formulário online para os cidadãos contactarem os deputados, pedindo que rejeitem estas propostas.
Fundada em 2002, a Federação defende a vida desde a conceção, apoiada pela ciência e pela Constituição Portuguesa, nomeadamente pelo artigo 24.º, que protege a vida humana.