1. A assessoria de comunicação da CEP recebeu um email da TVI às 15.21h do dia 10 de março, assinado por Emanuel Monteiro convidando D. José Ornelas para uma entrevista. E acrescentava: «O assunto prende-se como uma nova suspeita de encobrimento de abusos sexuais pelo senhor bispo, enquanto exerceu funções na Província Portuguesa dos Dehonianos. Os abusos sexuais terão acontecido no Instituto Missionário Sagrado Coração, conhecido habitualmente como seminário dos Montes Claros, em Coimbra».
2. Pelas 18.15h do mesmo dia, a assessoria de comunicação da CEP deu a seguinte resposta: «De momento, o Senhor Bispo não tem disponibilidade de agenda para aceder a uma entrevista. No entanto, podemos adiantar que, enquanto exerceu funções na Província Portuguesa dos Dehonianos, o Senhor D. José Ornelas não teve conhecimento de qualquer situação de abusos sexuais de menores no Instituto Missionário do Sagrado Coração em Coimbra».
3. Face à reportagem emitida hoje no Jornal Nacional e no Exclusivo da TVI, acusando D. José Ornelas de encobrimento reiterado de abusos sexuais, reafirmamos o seguinte:
a) Sobre a grave e falsa acusação de ter encoberto abusos sexuais do Padre Abel Maia em Coimbra e de o ter mudado para outro lado, reiteramos o que enviámos à TVI na sexta-feira, conforme consta no ponto 2 deste comunicado.
b) No caso de ter havido quaisquer das anomalias referidas na reportagem, tal teria acontecido entre 1992 e 1996, período em que o Padre Abel Maia esteve em Coimbra.
c) Além de não ter conhecimento de qualquer abuso, D. José Ornelas não pode ter estado presente em Coimbra, porque se encontrava a preparar o seu doutoramento em Roma (1992) e na Alemanha (entre 1993 e 1997). Só exerceria funções como Superior Provincial da Congregação em Portugal entre 2000 e 2003, tendo então sido eleito Superior Geral da Congregação de 2003 a 2015.
Lisboa, 13 de março de 2023
Assessoria de comunicação da CEP
