Como não podia deixar de ser, o destaque desta semana vai para o novo presbítero que a Diocese acaba de conhecer. A Igreja está grata por mais um jovem decidir comprometer-se com a vinha do Senhor e entregar as suas mãos ao serviço do Reino de Deus.
Deixamos também uma sugestão: ler a homilia que o bispo D. António Marto proferiu nessa mesma celebração. O nosso pastor explica, como só ele sabe, os principais gestos que fazem parte do rito da ordenação em que, embora passando despercebida, a simbólica das mãos ganha uma força poderosa e um significado profundo. Para termos uma ideia mais precisa, o emprego da palavra “mão” ou “mãos”, é feito em 33 ocasiões — que, por si, já é, curiosamente, um número carregado de simbolismo —, sendo que a primeira, é uma pergunta que o próprio neo-sacerdote faz numa carta dirigida ao Bispo,
— Será que as minhas mãos vão fazer sempre o bem?
e que, por sua vez, dá o mote à homilia: “NAS TUAS MÃOS ESTÁ A MINHA VIDA“.
São estas as mãos
que os discípulos puderam ver abertas e trespassadas na cruz. São as mãos que Cristo mostrou aos seus apóstolos após a ressurreição e que Tomé queria tocar. São as mãos que partiram o pão e tomaram o cálice na última ceia; que lavaram os pés sujos dos doze apóstolos; que agarraram Pedro quando se afundava nas águas do lago; que levantaram a filha de Jairo já sem vida; que tocaram e curaram o leproso descartado por todos; que se estenderam sobre as crianças para as abençoar.