Esta semana, a abrir a REDE o destaque vai para um movimento católico juvenil que, embora conhecido de “ouvir falar”, continua ativo e dinâmico na nossa Diocese. É bem certo que, se nos cingimos apenas a números, estes não são famosos em termos absolutos. Falamos de 18 participantes que, convenhamos, num período de dois ou três anos parece muito pouco. A palavra chave é “parece”, já que a equipa organizadora se manifestou positivamente surpreendida pela adesão. Nestas coisas da Igreja, há muito que os números não deveriam ser objeto de avaliação, sob pena de não nos centrarmos no que é verdadeiramente essencial.
O destaque não obedece propriamente aos cânones de uma reportagem jornalística, sobretudo se pensarmos que todo ele é escrito na primeira pessoa, ou seja, padece desse “mal” que é o autor ser parte interessada na narrativa que se apresenta. Em boa verdade, trata-se de um conjunto de testemunhos de quem participou. Aconselha-se a ler, sobretudo para perceber que, afinal, os jovens são recetivos à mensagem cristã, sobretudo quando transmitida através das suas próprias linguagens, dos seus próprios símbolos e em espaços onde se possam questionar verdadeiramente e encontrar respostas que não se resumem a frases feitas.
Os Convívios Fraternos não são propriamente um movimento de espiritualidade na sua verdadeira aceção do termo. Serão, quanto muito, uma experiência de retiro com contornos muito próprios, num tempo e num espaço bem definidos. São, todavia, oportunidade de conversão. Uma das curiosidades de quem participa é fazer uma referência permanente ao quarto dia que, corresponde nem mais nem menos ao que vem depois daquela experiência. E a grande interrogação que fica é sempre aquela: “e agora?”. Porque aqueles 18 jovens fazem parte de uma comunidade paroquial, seria interessante perceber como se processa a sua integração no “regresso a casa”. É por isso que se deixam estas perguntas atrevidas:
— A paróquia e o pároco sabem, porventura, se algum dos seus jovens participou no Convívio Fraterno?
— Se sabe, pensou no seu acolhimento pós-convívio a fim de aproveitar o “élan” ganho nos Convívios Fraternos?