Editorial Rede 11

As redes sociais parece que se tornaram o espaço mediático preferido da maior parte dos cibernautas. Há quem sugira que, para manter uma mente sã, seja necessário abster-se da leitura desses fóruns, sobretudos dos comentários. Contra essa ideia (que tem a sua pertinente validade), recuperamos dois comentários encontrados num dos canais da Diocese, para… comentar.

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“Os donativos que recolhem não é preciso levá-los para longe, quando, no nosso país, há necessitados.”

Esta foi uma ideia partilhada na internet a propósito da decisão do nosso Bispo em destinar a coleta da renúncia quaresmal para a construção de um Lar para idosos na ilha do Príncipe, diocese de S. Tomé e Príncipe. E não é novo, o argumento. Há dois mil anos já o próprio Jesus teve uma altercação com Judas Iscariotes (cfr. Jo 12, 1-11) numa situação aparentemente bem mais ligeira. Estranha-se é que haja quem tenha a desfaçatez de criar níveis de caridade e, assim, menosprezar atitudes de partilha genuínas e tão valiosas para os seus destinatários. Objetivamente, põe-se em causa um gesto generoso de resposta a uma “necessidade urgente, dada a situação dramática a que ali estão votados os idosos privados de condições mínimas para uma vida com dignidade” (Mensagem do Cardeal D. António Marto para a Quaresma de 2019), apenas porque se realiza a 4600 quilómetros de distância. O meu rebento mais novo, só tem cinco anos e diria “a sério?!”. Infelizmente, isto é apenas um pequeno reflexo da mentalidade que, tragicamente, é bem reveladora da ignorância e, mais ainda, da deformação da consciência. É gente que, como diz do Papa Francisco, não quer “sair da insensatez de viver”.

Caminhar

O que é isso? Esse nome não me é estranho… Mas andamos para a frente ou recuamos para trás?

Este comentário foi uma resposta à notícia do rito de inscrição dos catecúmenos que também é destaque na REDE de hoje. Parece que, ao autor, faz alguma confusão falar de catecumenato, que isso é coisa de antanho, que já não se usa. Pior: é coisa retrógrada e ultra conservadora. (E aqui faço uma pausa para respirar bem fundo e contar até dez; ele há coisas que nos apetecia dizer e fazer…)

Nem é preciso ir a um compêndio de teologia para perceber o significado de catecúmeno. Basta ir a um qualquer vulgar dicionário para encontrar a seguinte e lacónica definição: candidato ao baptismo. Alguns destes usuais compêndios, adiantam-se ainda mais: aquele que recebe instrução religiosa para ser admitido ao baptismo. Portanto, ao autor da atoarda, bastariam cinco segundos de pesquisa para não fazer má figura. Talvez faça confusão a muita gente haver adultos no auge de todas as suas faculdades físicas e intelectuais, que decidam ser batizados e, para isso, integrar o processo normal de formação para quem quer ser membro da Igreja. Sim, hoje em dia há adultos desses. Na nossa Diocese foram nove. Noutras, como por exemplo o Algarve, chegaram a ser 77 e, em Lisboa, 98. Se isso é andar às arrecuas, então arrecuemos.

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