Dia das Missões. Até onde foram? Respondam os portugueses

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Vivemos tempos em que se dá mais importância às perguntas que às respostas. Será que este gosto tem algo a ver com a idade em que as crianças pelos três quatro anos não deixam os pais em paz com tantos porquês. Se é assim é bom sinal. A criança está a desenvolver-se e construir a sua identidade. É neste sentido que os portugueses poderão saber mais da sua identidade histórica e de não aceitarem que lhes roubem parte importante dela. Várias vezes verifiquei inverter a situação e fazer as perguntas a crianças: como é que sabes que são os teus pais? E a resposta veio após curta pausa foi a minha mãe que me disse. Isto vem a propósito do dia das missões (dia 20 de outubro). Antes da Ascensão, Jesus disse aos apóstolos e discípulos: “ide por todo o mundo; anunciai o Evangelho, batizai…” ( ) Apetece-me fazer um jogo de pergunta resposta. Sabem quem foram os primeiros a levar o evangelho a Angola, a Moçambique, a Madagáscar? Missionários portugueses e outros com eles a partir de Lisboa. E à Índia, e a Ceilão, e a Sião, e à Tailândia? Claro os missionários portugueses. E sabem que é começou a ensinar a escrever a língua do Vietnam? Missionários idos de Portugal. Quem é que falou primeiro de Jesus Cristo aos japoneses, indonésios, aos filipinos, aos brasileiros? E quais foram os europeus que estiveram primeiro pelas costa de toda a África, pelas costas de toda a Índia, pelas costas de toda a a Ásia do extremo oriente e chegaram primeiro à Austrália? E quem foi o primeiro dar a volta ao planeta de barco? Recordam quem o povo que primeiro levou muitos povos a falar a sua língua em dezenas de povos que ainda hoje a falam, a estudam para se conhecerem melhor, para descobrir como é que a fé cristã chegou aos seus países e como na suas línguas ainda hoje mantém centenas de palavras portuguesas, nomes de família, de objetos, de vestígios? Infelizmente muitos portugueses ou não sabem ou têm vergonha deste trabalho de missionários e de iniciadores de lusofonia. Esperemos que não seja por se envergonharem do Evangelho. Ainda recentemente uma jornalista escrevia no artigo muito interessante: «para quem viaja nesse continete (Ásia) e vai verificando em placas, relatos e memoriais que os “navegadores” apregoados pelos tuk-tuks estiveram em toda a parte antes de toda a gente» ( Clara Ferreira Alves, Revista Expresso, 14.09.2019). Foi isso mesmo que também verificámos por todo o oriente, em Sri-Lanka, Madras ( Chenay), Bombaim, Cochim, Malaca, Singapura, Banguecoque, Vietnam, Macau, Nagasaque, Timor-Leste. Custa a entender porque haverá pessoas eruditas apostadas em esconder e apagar estas páginas e lembrar apenas as do comércio e as da escravatura. E até a quererem bloquear um museu que as documente e lembre aos portugueses. E o visitante surpreende-se que são as essas páginas da evangelização que as pessoas desses países, nos encontros casuais, mais apreciam recordar. E recordam os bolos de receitas deixadas por seus antepassados portugueses (Banguecoque) e nos dão indicações de igrejas e vestígios dos portugueses nas suas terras; e se orgulham de as ter e do sentido cristão. “Foram os portugueses os que nos trouxeram a fé cristã”, lembram com ufania.

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Captura de ecrã 2024-04-17, às 12.19.04

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