Conclave: 133 cardeais vão escolher novo Papa

Foto: Vatican Media

Cidade do Vaticano, 06 mai 2025 (Ecclesia) – 133 cardeais vão ser responsáveis por escolher o futuro Papa, no Conclave que se inicia esta quarta-feira, após a confirmação da ausência, por doença, de D. Antonio Cañizares Llovera e D. John Njue.

Segundo as atuais normas da Igreja Católica, entram em Conclave para eleger o Papa apenas os cardeais que não tenham já cumprido 80 anos de idade no primeiro dia da Sé vacante (21 de abril) e que não estejam legitimamente impedidos.

Colégio Cardinalício tem hoje 252 membros.

No Conclave vão estar presentes D. Manuel Clemente, patriarca emérito de Lisboa; D. António Marto, bispo emérito de Leiria-Fátima; D. José Tolentino Mendonça, prefeito do Dicastério para a Cultura e Educação; e D. Américo Aguiar, bispo de Setúbal, todos criados pelo Papa Francisco, elevando para 14 o número de cardeais portugueses a participar em eleições pontifícias desde 1903.

108 dos cardeais eleitores foram escolhidos pelo Papa Francisco, 20 por Bento XVI e 5 por São João Paulo II.

Ao longo do seu pontificado, Francisco convocou dez Consistórios, nos quais criou 163 cardeais, entre eles os quatro eleitores portugueses.

Se um cardeal tiver recusado entrar no Conclave, não poderá ser posteriormente admitido no decorrer nos trabalhos, mas o mesmo não acontece se um cardeal adoecer durante o processo da eleição do novo Papa.

Segundo a legislação da Igreja, “nenhum cardeal eleitor poderá ser excluído da eleição, quer ativa quer passiva, por nenhum motivo ou pretexto”.

O espanhol Antonio Cañizares Llovera, arcebispo emérito de Valência, e o queniano John Njue, arcebispo emérito de Nairobi, ambos com 79 anos de idade e criados cardeais por Bento XVI, não participarão no Conclave por motivos de saúde.

Desde 2013, quando os cardeais eleitores da Europa representavam 56% do total, Francisco tem vindo a alargar as fronteiras das suas escolhas, com uma mudança mais visível no peso específico da África, Ásia e Oceânia – então com 22 cardeais eleitores na soma dos três continentes.Neste Conclave, a Europa representa 38% do total, com 52 eleitores (alguns dos quais com responsabilidades eclesiais noutros continentes), a América com 37, a Ásia com 23, África com 17 e a Oceânia com 4.Os países com mais cardeais no Conclave, entre as 70 nações presentes (49, em 2013) são  Itália (17 cardeais), EUA (10), Brasil (7), França (5), Argentina, Canadá, Espanha, Índia, Polónia e Portugal (4 cada), num total de 63 cardeais (47% do total).

Ainda que, em teoria, qualquer homem batizado, solteiro e em comunhão com a Igreja Católica possa ser eleito Papa, há quase 650 anos que o escolhido é um cardeal: o último pontífice vindo de fora do Colégio Cardinalício foi Urbano VI, arcebispo de Bari (Itália) em 1378.

No momento da sua criação, cada cardeal é inserido na respetiva ordem (episcopal, presbiteral ou diaconal), uma tradição que remonta aos tempos das primeiras comunidades cristãs de Roma, em que os cardeais eram bispos das igrejas criadas à volta da cidade (suburbicárias) ou representavam os párocos e os diáconos das igrejas locais.

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